sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O clube do regime no seu esplendor !

Os vermelhos procuravam um avançado. Resolveram, então, apostar no norueguês Rushfeldt. Jogava no Rosenborg, um clube, na altura, habituado a jogar a champions.
 
 
Nessa sequência, o chefe da banda de teatro da cadeia da Carregueira acertou todas as condições com o cube e com o jogador e este viajou para Portugal para assinar contrato. 
 
Mas faltava um pormenorzinhozinho. O Rosenborg exigia garantias bancárias para que o negócio fosse concluído.
 
Como é evidente Vale Tudo tinha aversão a garantias bancárias. Vai daí, como os noruegueses não cederam, nem aceitaram garantias falsas, Vale Tudo encontrou uma explicação bastante convincente para explicar aos sócios do seu clube o fracasso do negócio:
 
"O jogador não ficou no Benfica pois fazia chichi nos calções." (aqui)
 
Detalhou mais tarde, Vale Tudo que o jogador quando estava a assinar o contrato começou a fazer chichi pelas calças abaixo. Então, Vale Tudo, sentiu o cheiro e abortou de imediato o negócio porque só queria jogadores devidamente continentes. Desta forma, Rushfeldt teva a sorte de nunca vestir a camisola do clube do regime.
 
Os adeptos vermelhos perceberam perfeitamente a situação e acharam que Vale Tudo tinha tomado a única decisão admissivel. Os adeptos vermelhos são muito exigentes.
 
A partir daí os jogadores dos vermelhos foram todos obrigados a fazer o teste do chichi antes de assinarem contratos.
 
 
Vem esta história a propósito da contratação do Robertão. Este teve mais azar. Chegou a vestir a camisola dos vermelhos. Para infelicidade dele e ... felicidade nossa. Foram tempos áureos.
 
Robertão foi contratado com enorme estrondo pelo valor pago pelo seu passe. Jogador totalmente desconhecido, foi comprado, disseram-nos sem se rir, por 8,5M !!!

Como o valor pago pelo jogador em questão foi aparentemente escabroso  - só não o foi realmente porque, pelos vistos, nada foi pago.. - a vermelhada começou a dizer que aquele valor englobava os salários do jogador ao longo dos 5 anos do contrato, o que tinha sido uma jogada de génio do grande Orelhas.

Todos os vermelhos acreditaram convictamente no negócio.

Depois do monumental sucesso da contratação, que foi aprovada por todos os portistas, sem excepção, atenta a época fulgurante realizada pelo Robertão, o Orelhas resolveu inventar que o tinha vendido o Roberto ... ao Saragoça ... por 8,6M  !

 
 
A CMVM ainda estrebuchou ... até porque o Saragoça estava em falência ... mas o Orelhas inventou que, afinal, tinha sido a um fundo, que até já tinha depositado leca e que, portanto, tudo estava perfeito.
 
Mais uma vez, os vermelhos ficaram radiantes por mais uma jogada de génio do seu presidente (curiosamente o nosso falou nos "milhões da treta" ...).

Passados dois anos ...

O At. Madrid lembra-se inacreditavelmente de informar no seu site oficial que tinha comprado o Robertão aos .. vermelhos ...

Que chatice !!!!

 
Lá teve o Orelhas de engendrar mais uma marosca e dizer que o fundo que tinha depositado o dinheiro há 2 anos, afinal, não tinha depositado nada e as garantias de pagamento que tinham sido dadas (é curioso darem-se garantias de pagamento quando se diz que houve pronto pagamento ...), não serviam e, então, tiveram de repescar o jogador ... 2 anos depois de nada terem recebido ...

Nunca tal tinha sido visto ...

Mas como a fraude ainda não batia certo, lá se teve de comprar o Pizzi que, antes de o ser já o era, foi emprestado.



E estamos a falar de um jogador comprado por 6M protegido em 35M !



Perante estas explicações tão cristalinas, os vermelhos voltaram a acenar a cabeça em concordância. E bem.

Perante isto, imagino o que o Orelhas deve ter pensado:

"Genial !!! Sou um predestinado !!!"

Só não devia estar a contar era com esta:



Bem diz o Orelhas:

 

Digo eu - é esta a verdade desportiva mais grande das grandes grandezas mais grandes das grandezas de entre as mais grandes ...


P.s. - Eis a razão porque sempre fui um grande fã do grande Orelhas ... como era do chefe do teatro lá da Carregueira ... e ainda gosto mais do primeiro porque é muito mais discreto ... embora se esteja a aburguesar ... é que tanto poder também tem desvantagens ...

1 comentário:

O Situacionista disse...

Acabo de saber que, hoje, os vermelhos lá tiveram de inventar mais qualquer coisa para a CMVM:

"Negócios de Roberto e Pizzi são parte da "mesma operação"

O Benfica esclareceu esta sexta-feira que a venda do guarda-redes Roberto ao Atlético Madrid por seis milhões de euros e a compra ao clube madrileno de metade do passe de Pizzi pelo mesmo valor referem-se à mesma operação. De acordo com porta-vozes do Benfica citados pela agência espanhola EFE, a relação entre ambas as operações já tinha ficado "clara" nos comunicados enviados pelo clube da Luz à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a entidade que regula os mercados de capitais em Portugal.

"Já informamos o regulador (financeiro) sobre a operação e, como ficou claro nos comunicados, [a compra e a venda de] Pizzi e Roberto reportam-se à mesma operação", indicou a mesma fonte à EFE. Tanto a venda de Roberto como a compra do internacional português "Pizzi" levantaram dúvidas da CMVM. O comunicado do Benfica à CMVM sobre a venda de Roberto não refere a compra de Pizzi e a informação do clube ao mesmo regulador sobre a compra do jogador Pizzi também não refere o guarda-redes Roberto.

Num comunicado divulgado no site da CMVM no passado dia 30 de julho, o Benfica informou apenas que vendeu o guarda-redes Roberto ao Atlético de Madrid a troco de seis milhões de euros, depois de ter recuperado os direitos económicos sobre o jogador por incumprimento da empresa que os tinha adquirido em 2011. "Recuperada a titularidade dos direitos, foram os mesmos transferidos a título definitivo para o Club Atlético de Madrid SAD pelo montante de seis milhões de euros", adianta o comunicado do Benfica, acrescentando que a transferência dos direitos económicos tem efeitos imediatos e a dos direitos federativos é diferida para 1 de julho de 2014.

O Atlético de Madrid foi o clube que inicialmente vendeu Roberto ao Benfica, no Verão de 2010, por 8,5 milhões de euros. Na quarta-feira, 31 de julho, o Benfica enviou um novo comunicado à CMVM, desta vez para informar sobre a compra "a título definitivo dos direitos desportivos e 50 por cento dos direitos económicos do atleta Luís Miguel Afonso Fernandes (Pizzi) pelo montante de seis milhões de euros ao Club Atlético de Madrid SAD". O internacional português Pizzi foi comprado pelo Atlético de Madrid ao Sporting de Braga por 13,5 milhões de euros.

O Benfica esclareceu hoje à EFE que os dois comunicados, sobre a venda de Roberto e a compra de metade do passe de Pizzi, se referem à mesma operação. Esta não foi a primeira vez que a CMVM manifestou dúvidas sobre uma transferência do guarda-redes espanhol Roberto. Depois de ter comprado o jogador ao Atlético de Madrid em 2010, o Benfica vendeu o jogador em agosto de 2011, numa operação que levantou dúvidas ao regulador do mercado de capitais. A 1 de agosto de 2011, o Benfica emitiu um primeiro comunicado sobre esta venda de Roberto, no qual informava que tinha chegado a acordo com o Saragoça para "a transferência, a título definitivo, do atleta Roberto" rumo ao clube espanhol.

( http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Benfica/interior.aspx?content_id=836693 )

Orelhas, faz por não dar tantos nas vistas ...