Muito sinceramente eu acreditava que íamos vencer este jogo mas nunca por 5-1, é verdade que ao intervalo disse na brincadeira que ainda podia ser parecido com o spartak mas só que eles tinham marcado primeiro desta vez, mas não passou de uma brincadeira, porque não achava possível semelhante reviravolta, mas tenho que me habituar que este Porto faz o impossível...
Eu vi, meus amigos, eu sou um dos 44.719 espectadores que viram ao vivo e a cores, mais uma noite fantástica, inesquecível, para guardar no cantinho das melhores recordações desportivas. Eu vi, meus amigos, um Porto esmagador, com uma segunda-parte de qualidade superior, do melhor que tenho visto e eu já vi muita coisa linda! Eu vi, meus caros amigos, um grande espectáculo, digno de uma meia-final de Champions e que reduziu à vulgaridade o Real/Barça de ontem.
Eu vi, meus amigos, muitos e bons jogadores; golos de bandeira; mais uma reviravolta notável; um Falcao do outro mundo e a conseguir um poker para a história. Mas também vi uma primeira-parte equilibrada, bola cá, bola lá, um Porto tenso, nervoso, precipitado até, talvez a acusar a responsabilidade de um favoritismo enganador. Vi, também, nos primeiros 45 minutos, um Villarreal de qualidade, criativo e bom de bola a meio-campo, com avançados acima da média, rápidos a aparecerem nas costas dos defesas e em diagonais perigosíssimas. Na segunda-parte, tudo que vi foi diferente. Só deu Porto. Um Porto de sonho e à procura do sonho, diabólico, esmagador, contundente, demolidor e uma grande equipa, conhecida pelo submarino amarelo, reduzida à vulgaridade de um "barquito fatela" e a meter água por todos os lados. Mas o que esteve na origem de tamanha mudança? Nada de transcendente... Mais e melhor pressão, médios mais subidos, mais rápidos, a pegarem mais à frente e a servirem melhor o tridente ofensivo. Enquanto o F.C.Porto subia o Villarreal descia, o seu meio-campo teve menos espaço para jogar, deixou de ter tempo para pensar, executar, servir nas melhores condições os avançados e a defesa mais apertada vacilou, abanou e caiu por cinco vezes.
Hulk e Rodríguez, com ajuda precisosa de Álvaro mais e Sapunaru menos, colocaram o dinamite e o matador do momento, a voar entre os centrais, acendeu o rastilho por quatro vezes, detonou o submarino e recolheu os despojos.
Homem do jogo R.Falcao, numa equipa que nos mata de orgulho. Grande treinador - não me lembro de um treinador que tenha uma percentagem tão grande, em mudar para ganhar. Muitas vezes com substituições, mas também com o discurso, que muda o estado de espírito e faz autênticos milagres. Dublin está muito próximo, mas não está garantido. Humildade, concentração, muita alma e raça, muito respeito pelo Villarreal, que é, ninguém duvide, uma equipa de grande qualidade. Se for assim, se formos iguais a nós próximos, o sonho de mais uma final será concretizado.
Nota final: estranhei tão poucos adeptos espanhóis no Dragão, mas vim a saber que se enganaram, foram para a Luz e festejaram exuberantemente o golo da sua equipa.
Como se esperava encontramos muitas dificuldades para dar o primeiro rombo no submarino amarelo. O Villarreal foi a equipa que melhor futebol jogou no Dragão esta época.
Na primeira parte tiveram as melhores oportunidades de golo, e podiam ter partido para o intervalo com mais de um golo de vantagem.
Aproveitaram bem a nossa ala esquerda que era uma autêntica avenida, com Alvaro muito desconcentrado defensivamente.
Guarin muito lento, Hulk a complicar, e iam nos valendo Rolando, Otamendi, Helton, Sapunaru, Moutinho e Fernando a segurar as investidas ofensivas do Villarreal, e Cebola e Falcao a lutar contra a defensiva espanhola.
Rossi e Nilmar são muito difíceis de marcar, quando a equipa espanhola joga em contra-ataque. Jogam no limite do fora de jogo, e tem médios de grande qualidade técnica a servi-los. Na primeira parte tivemos uma grande oportunidade de Hulk, e ficámos-nos por aí.
Na segunda parte, depois dos espanhóis terem falhado o segundo golo, acordamos para o jogo e fizemos um 40 minutos fantásticos, demolidores, com Falcao a efectuar a melhor exibição desde que chegou ao Porto.
Guarin, fruto do reposicionamento operado por Villas-Boas apareceu no jogo e com Moutinho transportaram o jogo do Porto para a frente, e começaram a lançar bolas para as alas, que a cada cruzamento eram meio golo.
Foi a partir desse momento que nos deparamos com as fragilidades defensivas do Villarreal, e se o jogo tivesse mais uns minutos mais golos marcaríamos.
Nota positiva para o público que puxou pela equipa do primeiro ao último minuto, criando um ambiente arrepiante.
O árbitro sem influir no resultado final, cometeu pequenos erros de avaliação disciplinar e técnica. Amarelo a Fernando, e não amarelo logo a seguir a jogador espanhol. Foras de jogo mal tirados ... o jogo merecia um árbitro doutra craveira! Era uma final antecipada!
Na segunda mão temos de gerir sériamente o resultado, respeitando a valia do adversário, poupar Moutinho que está à beira da exclusão, e carimbar aquilo que todos ansiamos ... Final de Dublin.
Curisamente, quando, depois do jogo, ouvi as conferências de imprensa dos 2 treinadores subscrevi maioritariamnete as palavras do treinador ... espanhol:
"O que decide o jogo é que quando o Villarreal conseguiu impor o seu jogo só fez um golo. Tivemos as oportunidades mais claras na primeira parte. Não podemos pensar que com 1-0 estava resolvido. Tivemos oportunidade de fazer o segundo e sofremos o empate. A partir daí viu-se o melhor Porto, com mais mérito deles do que demérito nosso. Com as suas melhores qualidades fizeram cinco golos.»
«Dominámos na primeira parte, jogámos bem, mas depois aquela jogada do Cazorla que não dá o segundo golo, é chave. Devíamos ter tido outra recompensa. A partir daí o Porto empatou e mostrou a sua velocidade, força, competência, o factor físico, os cabeceamentos... Não posso, agora, dizer que é justo ou injusto. Eles conseguiram-no.»"
7 comentários:
Radamela Falcao Garciiiii!
Que grande jogador!
Muito sinceramente eu acreditava que íamos vencer este jogo mas nunca por 5-1, é verdade que ao intervalo disse na brincadeira que ainda podia ser parecido com o spartak mas só que eles tinham marcado primeiro desta vez, mas não passou de uma brincadeira, porque não achava possível semelhante reviravolta, mas tenho que me habituar que este Porto faz o impossível...
P.s Hoje o Falcão esteve brilhante, magnifico...
Obrigado Porto por esta época
Eu vi, meus amigos, eu sou um dos 44.719 espectadores que viram ao vivo e a cores, mais uma noite fantástica, inesquecível, para guardar no cantinho das melhores recordações desportivas.
Eu vi, meus amigos, um Porto esmagador, com uma segunda-parte de qualidade superior, do melhor que tenho visto e eu já vi muita coisa linda!
Eu vi, meus caros amigos, um grande espectáculo, digno de uma meia-final de Champions e que reduziu à vulgaridade o Real/Barça de ontem.
Eu vi, meus amigos, muitos e bons jogadores; golos de bandeira; mais uma reviravolta notável; um Falcao do outro mundo e a conseguir um poker para a história.
Mas também vi uma primeira-parte equilibrada, bola cá, bola lá, um Porto tenso, nervoso, precipitado até, talvez a acusar a responsabilidade de um favoritismo enganador.
Vi, também, nos primeiros 45 minutos, um Villarreal de qualidade, criativo e bom de bola a meio-campo, com avançados acima da média, rápidos a aparecerem nas costas dos defesas e em diagonais perigosíssimas.
Na segunda-parte, tudo que vi foi diferente. Só deu Porto. Um Porto de sonho e à procura do sonho, diabólico, esmagador, contundente, demolidor e uma grande equipa, conhecida pelo submarino amarelo, reduzida à vulgaridade de um "barquito fatela" e a meter água por todos os lados.
Mas o que esteve na origem de tamanha mudança? Nada de transcendente... Mais e melhor pressão, médios mais subidos, mais rápidos, a pegarem mais à frente e a servirem melhor o tridente ofensivo. Enquanto o F.C.Porto subia o Villarreal descia, o seu meio-campo teve menos espaço para jogar, deixou de ter tempo para pensar, executar, servir nas melhores condições os avançados e a defesa mais apertada vacilou, abanou e caiu por cinco vezes.
Hulk e Rodríguez, com ajuda precisosa de Álvaro mais e Sapunaru menos, colocaram o dinamite e o matador do momento, a voar entre os centrais, acendeu o rastilho por quatro vezes, detonou o submarino e recolheu os despojos.
Homem do jogo R.Falcao, numa equipa que nos mata de orgulho. Grande treinador - não me lembro de um treinador que tenha uma percentagem tão grande, em mudar para ganhar. Muitas vezes com substituições, mas também com o discurso, que muda o estado de espírito e faz autênticos milagres.
Dublin está muito próximo, mas não está garantido. Humildade, concentração, muita alma e raça, muito respeito pelo Villarreal, que é, ninguém duvide, uma equipa de grande qualidade. Se for assim, se formos iguais a nós próximos, o sonho de mais uma final será concretizado.
Nota final: estranhei tão poucos adeptos espanhóis no Dragão, mas vim a saber que se enganaram, foram para a Luz e festejaram exuberantemente o golo da sua equipa.
Um abraço
Bom dia,
Como se esperava encontramos muitas dificuldades para dar o primeiro rombo no submarino amarelo. O Villarreal foi a equipa que melhor futebol jogou no Dragão esta época.
Na primeira parte tiveram as melhores oportunidades de golo, e podiam ter partido para o intervalo com mais de um golo de vantagem.
Aproveitaram bem a nossa ala esquerda que era uma autêntica avenida, com Alvaro muito desconcentrado defensivamente.
Guarin muito lento, Hulk a complicar, e iam nos valendo Rolando, Otamendi, Helton, Sapunaru, Moutinho e Fernando a segurar as investidas ofensivas do Villarreal, e Cebola e Falcao a lutar contra a defensiva espanhola.
Rossi e Nilmar são muito difíceis de marcar, quando a equipa espanhola joga em contra-ataque. Jogam no limite do fora de jogo, e tem médios de grande qualidade técnica a servi-los. Na primeira parte tivemos uma grande oportunidade de Hulk, e ficámos-nos por aí.
Na segunda parte, depois dos espanhóis terem falhado o segundo golo, acordamos para o jogo e fizemos um 40 minutos fantásticos, demolidores, com Falcao a efectuar a melhor exibição desde que chegou ao Porto.
Guarin, fruto do reposicionamento operado por Villas-Boas apareceu no jogo e com Moutinho transportaram o jogo do Porto para a frente, e começaram a lançar bolas para as alas, que a cada cruzamento eram meio golo.
Foi a partir desse momento que nos deparamos com as fragilidades defensivas do Villarreal, e se o jogo tivesse mais uns minutos mais golos marcaríamos.
Nota positiva para o público que puxou pela equipa do primeiro ao último minuto, criando um ambiente arrepiante.
O árbitro sem influir no resultado final, cometeu pequenos erros de avaliação disciplinar e técnica. Amarelo a Fernando, e não amarelo logo a seguir a jogador espanhol. Foras de jogo mal tirados ... o jogo merecia um árbitro doutra craveira! Era uma final antecipada!
Na segunda mão temos de gerir sériamente o resultado, respeitando a valia do adversário, poupar Moutinho que está à beira da exclusão, e carimbar aquilo que todos ansiamos ... Final de Dublin.
Abraço e bom fim de semana
Paulo
http://pronunciadodragao.blogspot.com
Com este treinador e com a "alma" que ele transmite, podemos sempre ter fé. Os golos surgem a qualquer momento. É um festival de futebol ofensivo!
Agora, é preciso calma. O Villareal é uma grande equipa. Juizinho em Espanha, para irmos a Dublin ganhar ao Braga!
Mais uma bela e gloriosa página, escrita por uma equipa que sabe seguir à letra o lema do Clube: «Ganhar é o nosso destino».
Resultado e exibição que honram os pergaminhos e quando assim é para quê falar das dificuldades da primeira parte.
Dublin ficou imensamente mais perto, mas falta ultrapassar o «quase».
Estou certo que AVB vai continuar a fazer história e a pulverizar todos os recordes.
Estou cada vez mais orgulhoso deste Clube, o melhor de Portugal e um dos melhores do Mundo.
Um abraço
Subscrevo as cautelas do Eterno para a 2.ª mão.
Curisamente, quando, depois do jogo, ouvi as conferências de imprensa dos 2 treinadores subscrevi maioritariamnete as palavras do treinador ... espanhol:
"O que decide o jogo é que quando o Villarreal conseguiu impor o seu jogo só fez um golo. Tivemos as oportunidades mais claras na primeira parte. Não podemos pensar que com 1-0 estava resolvido. Tivemos oportunidade de fazer o segundo e sofremos o empate. A partir daí viu-se o melhor Porto, com mais mérito deles do que demérito nosso. Com as suas melhores qualidades fizeram cinco golos.»
«Dominámos na primeira parte, jogámos bem, mas depois aquela jogada do Cazorla que não dá o segundo golo, é chave. Devíamos ter tido outra recompensa. A partir daí o Porto empatou e mostrou a sua velocidade, força, competência, o factor físico, os cabeceamentos... Não posso, agora, dizer que é justo ou injusto. Eles conseguiram-no.»"
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