quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"Ode a um tempo novo"

Na verdade, há um novo fulgor a oriente da cultura e prestígio portugueses, como não se via desde os Descobrimentos!

Povos inteiros, como este a que pertencem estas criancinhas (a propósito duma fotografia de crianças iraquianas que seguravam um cartaz dizendo "O Porto é o maior!") por quem fala a verdade, tinham no seu imaginário mítico a existência dum povo forte e terrível e duma nação valente e imortal, a Ocidente, que outrora subjugara os seus ancestrais, mas que teria talvez desaparecido nalgum cataclismo terrível, qual Atlântida engolida pelas ondas!

Nas horas de transmissão do saber mítico, com os filhos ao colo, pelas noites estreladas da Babilónia, os pais falavam desses super homens agora extintos, espécie de semi-deuses, belos e poderosos, a quem ninguém se podia igualar, no entanto compassivos com os inferiores e vencidos, suaves com as mulheres, pacientes com as crianças: gente que não podia ser deste mundo, talvez vindos do espaço, talvez dalguma daquelas estrelas mais brilhantes?
.


Mas eis que do fundo da Europa, do nobre burgo Portuense, a raça e o espírito para sempre julgados extintos desse nobre povo de novo surge, ilumina a terra inteira com a luz do seu génio, espanta com a força do seu querer, aterrorizando os maus, os medíocres e constituindo esperança num futuro de justiça e glória para os fracos e oprimidos!

Á frente desse Nobre Povo, qual falange celeste, guarda avançada de maiores desígnios, o FCP, comandado para vitórias estrondosas pelo bravo paladino Pinto da Costa, deixando atrás de si os restos calcinados, as paisagens desoladas de outrora orgulhosas (mas ímpias!) nações futebolísticas, cujo domínio secular assentava em alicerces podres de prepotência, de repressão, de exaltação e favorecimento dos maus e medíocres e perseguição dos bons e competentes!

Oh, belos Cavaleiros do Apocalipse, empurrais à vossa frente as trevas da longa noite em que os vossos filhos foram escravizados e escondidos do mundo, e segue-vos a aurora radiante do dia eterno, em que para todo o mundo brilhará a luz Portista!!
.

Quererás tu subir connosco ao Olimpo, ter um lugar no Panteão dos deuses?

Renega o verde, símbolo da podridão e corrupção terrena, foge do vermelho demoníaco, da eterna danação, e toma contigo o estandarte azul e branco, símbolo das alturas celestes e puras, regenerador e purificador!

Vem connosco, e deixa-me chamar-te "Irmão"!”

.

P.s. - O fantástico texto (de resposta a alguém que não tinha a felicidade e o bom gosto de ser portista ...) que acabo de transcrever, com as necessárias adaptações, foi retirado do comentário do Barba Azul (a quem muito agradeço) feito no post anterior.

3 comentários:

Fanático disse...

Estou sem palavras! Obrigado Barba!

dragao vila pouca disse...

Belas palavras, sem dúvida. Portismo como deve ser vivido, à flor da pele.

UM abraço

Barba azul disse...

Obrigado, caros Fanático e Vila Pouca

É como diz o Vila Pouca, só vivendo alguma coisa com intensidade conseguimos transmitir a paixão que nos anima.

O Portismo faz-me isto: penetra-me, transcende-me, arrebata-me, e nesse estado quase místico faz-me sentir como pertencendo a essa falange de "semi-deuses" e dá-me a eloquência que em meu estado normal não tenho.

Depois, fatalmente acordo, e percebo que afinal estou só no sopé desse Olimpo, ainda sujeito à inveja, maledicência e impropérios dos "metecos encarnados"...