Num jogo contra um adversário fraquinho fizemos o que devíamos ... não complicamos e goleamos. Foi um "boost" de confiança para o Bigorna, sem ser exuberante foi efectivo e é isso que se pede a um PL, de todos gostaria de destacar Mangala, com mais experiência, mais jogos irá ser um seguidor efectivo da nossa escola de centrais. Resumindo e concluindo, sem ser um jogo deslumbrante foi extremamente importante para dar moral quer á equipa quer aos jogadores menos utilizados.
Tratou-se de um ensaio em relvado sintético, com um calor do caraças, frente a um adversário inofensivo e sem classe.
Não deu por isso para aferir da verdadeira capacidade dos estreantes. Porém, não passaram despercebidos alguns bons apontamentos.
Alex Sandro integrou-se bem nos movimentos ofensivos, mas denota muita falta de ritmo, o que é natural. Iturbe só jogou meia parte por se ter lesionado. De Messi parece ter muito pouco, Já de James, eu diria que parece gémeo. Esteve em dois golos com movimentos muito parecidos com os do colombiano. Mangala mostrou-se seguro, com bom sentido posicional, capaz de conduzir a bola e entregá-la a preceito. Defour voltou a impressionar, primeiro pela desenvoltura e depois pela ineficácia no remate (marcou um bom golo mas falhou dois cantados). Djalma esteve irrequieto e rematador. Desta vez acertou com a baliza duas vezes. Bracali foi mero espectador tal como o seu substituto Kadú. Walter mostrou o que dele já se conhece. Aparece no sítio certo para marcar com facilidade, umas vezes e falhar outras. Se fosse daqueles que acerta sempre tinha batido hoje um recorde. Dos habituais o maior destaque vai para o Bellushi que esteve como peixe na água. A jogada do segundo golo foi à Messi sim senhor. Os outros nem bem nem mal.
Para chegar ao Dragão, o guarda-redes que em Pêro Pinheiro se transformou no mais jovem de sempre a jogar pelo FC Porto, teve de escapar ao destino que o queria encaminhar para o Manchester United (depois de ser observado pelo olheiro Toninho Cruz) e mais tarde para o Benfica. E se só não viajou para Inglaterra por problemas na obtenção de visto, que demorava cerca de três meses, tempo que o United não tinha; para a Luz não havia documento que o travasse, mas Kadú não queria. Assim que soube que Viana de Carvalho, então presidente do Belenenses, o vendeu, Kadú fugiu para o FC Porto. A história é deliciosa, até porque Viana de Carvalho não sabia quem estava a vender.
"O FC Porto apareceu e mostrou interesse no jogador. Trataram sempre comigo o assunto de forma séria e eu prometi-lhes que se na época seguinte o Kadú não ficasse no Belenenses, iria para o FC Porto", recorda Luís Alves, o empresário do jogador. Mais tarde surgiu o Benfica. "Num encontro promovido por Jorge Castelo, em Janeiro de 2009, apareceu o Nené e o Manuel Ribeiro. Eu disse que já estava comprometido com o FC Porto e eles optaram, então, por falar directamente com a direcção do Belenenses. Eu avisei o FC Porto do que se estava a passar", conta.
O resto da época passou sem grandes novidades, além de alguns empresários que "apareceram a oferecer dinheiro e a acenar com Barcelona e Inter de Milão. Mas ele já só pensava no FC Porto."
No arranque de 2009/10, e quando tudo indicava que ia ficar no Belenenses, aconteceu a transferência do Júlio César para o Benfica. "No mesmo pacote, os encarnados queriam meter um iniciado e um juvenil chamado Aldo Monteiro. Os directores do Belenenses não se aperceberam que se tratava de Kadú e assinaram o acordo. Quando eu soube, peguei no miúdo e levei-o para o FC Porto. Ele também quis ir logo. É portista desde pequenino e sempre foi esse o seu desejo", acrescenta aquele que também descobriu Bebé, actualmente no Besiktas.
Como Kadú não tinha contrato profissional, o Benfica não o podia recrutar sem que este assinasse a inscrição. Assim, foi fácil para o FC Porto pôr um ponto final no processo e começar a escrever uma história que em Pêro Pinheiro teve o dia mais significativo até ao momento: nove minutos na primeira equipa. Cumpriu-se o sonho.
Curiosidades > QUE SELECÇÃO?
Kadú foi duas vezes chamado à selecção principal de Angola para que jogasse e assim fosse impedido, no futuro, de optar por Portugal. Os (maus) resultados daquela selecção não permitiram a estreia e, por isso, jogar por Portugal não é uma hipótese descartada.
> OLHO DE PACHECO
Se Jesualdo Ferreira o recrutou para treinar com os seniores a poucos dias de completar 15 anos, melhor fez Jaime Pacheco, no Belenenses, que o chamou pouco depois de ter feito 14 (!). Assim começou a sua fama.
> MÃE QUERIDA
Muito ligado à família, é na mãe que Kadú tem o seu grande apoio. Assim que terminou o jogo com o Pêro Pinheiro, publicou dois agradecimentos no Facebook dirigidos a Deus e à progenitora
> PROIBIDO JOGAR
Apesar da ligação forte, foram muitas as vezes em que levou um tabefes da mãe. E tudo porque fugia para jogar futebol nas ruas de Porto Amboim, cidade angolana onde nasceu. Nessa fase, jogava à baliza, na defesa e como avançado.
> MAIS DE 30 IRMÃOS
Filho de pais divorciados, o guarda-redes tem mais de 30 irmãos e nenhum seguiu a via do futebol. Mas tem um primo, que também é guarda-redes, mas de andebol.
> ÍDOLO HELTON
Como portista que sempre foi, Kadú teve o primeiro ídolo em Vítor Baía. Posteriormente, foi Helton que lhe ficou na retina, especialmente pela elasticidade. A oportunidade para fazer parte do mesmo plantel do brasileiro foi um sonho tornado realidade."
Kadú chegou a Portugal com 14 anos. Veio de Angola com a família e pensou que a ideia era passar uns dias de férias. Por gostar de futebol, aceitou o repto de um amigo que jogava nos juniores e foi treinar ao Belenenses. Gostou do ambiente, foi continuando e quando os azuis do Restelo o convidaram para ficar decidiu que não regressaria ao país natal. Poucas semanas depois de ter assinado, foi-lhe descoberto um problema de saúde ao nível das virilhas. Sem dinheiro para o tratamento, foi o empresário [Luís Alves] que assumiu as despesas médicas permitindo que em Janeiro de 2009 pudesse finalmente começar a jogar."
( http://www.ojogo.pt/27-290/artigo951618.asp )
"Mudo no primeiro dia
Luís Alves conheceu Kadú um mês depois deste chegar ao Belenenses. "Um amigo do clube quis mostrar-me um guarda-redes que ia buscar bolas ao Cristo-Rei", brinca. A empatia foi imediata. "Ele morava em Santarém e só podia treinar duas vezes por semana. Nesse dia arranjei-lhe logo onde ficar", continua.
Kadú foi morar com Assis, júnior do Belenenses. Hoje no Freamunde, recorda o dia em que o portista lhe apareceu em casa. "Não disse uma palavra, tanta era a timidez. Só falou no dia seguinte", ri.
Da convivência resultou uma boa amizade e a certeza de que "por ser uma pessoa muito dedicada e com qualidade", vai ter "sucesso."
Sobre os meses que passou com ele, recorda uma história: "Ele ia buscar a comida ao restaurante e levava numa marmita para comer em casa. Viajava no comboio do meio-dia e as pessoas ficavam a olhar para ele, tal era o cheiro a comida. Ficou tão envergonhado que deixou de o fazer."
5 comentários:
Boas,
Num jogo contra um adversário fraquinho fizemos o que devíamos ... não complicamos e goleamos.
Foi um "boost" de confiança para o Bigorna, sem ser exuberante foi efectivo e é isso que se pede a um PL, de todos gostaria de destacar Mangala, com mais experiência, mais jogos irá ser um seguidor efectivo da nossa escola de centrais.
Resumindo e concluindo, sem ser um jogo deslumbrante foi extremamente importante para dar moral quer á equipa quer aos jogadores menos utilizados.
Um abraço
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com
Tratou-se de um ensaio em relvado sintético, com um calor do caraças, frente a um adversário inofensivo e sem classe.
Não deu por isso para aferir da verdadeira capacidade dos estreantes. Porém, não passaram despercebidos alguns bons apontamentos.
Alex Sandro integrou-se bem nos movimentos ofensivos, mas denota muita falta de ritmo, o que é natural. Iturbe só jogou meia parte por se ter lesionado. De Messi parece ter muito pouco, Já de James, eu diria que parece gémeo. Esteve em dois golos com movimentos muito parecidos com os do colombiano. Mangala mostrou-se seguro, com bom sentido posicional, capaz de conduzir a bola e entregá-la a preceito. Defour voltou a impressionar, primeiro pela desenvoltura e depois pela ineficácia no remate (marcou um bom golo mas falhou dois cantados). Djalma esteve irrequieto e rematador. Desta vez acertou com a baliza duas vezes. Bracali foi mero espectador tal como o seu substituto Kadú. Walter mostrou o que dele já se conhece. Aparece no sítio certo para marcar com facilidade, umas vezes e falhar outras. Se fosse daqueles que acerta sempre tinha batido hoje um recorde. Dos habituais o maior destaque vai para o Bellushi que esteve como peixe na água. A jogada do segundo golo foi à Messi sim senhor. Os outros nem bem nem mal.
Um abraço
"Kadú fugiu depois de ser vendido ao Benfica
Para chegar ao Dragão, o guarda-redes que em Pêro Pinheiro se transformou no mais jovem de sempre a jogar pelo FC Porto, teve de escapar ao destino que o queria encaminhar para o Manchester United (depois de ser observado pelo olheiro Toninho Cruz) e mais tarde para o Benfica. E se só não viajou para Inglaterra por problemas na obtenção de visto, que demorava cerca de três meses, tempo que o United não tinha; para a Luz não havia documento que o travasse, mas Kadú não queria. Assim que soube que Viana de Carvalho, então presidente do Belenenses, o vendeu, Kadú fugiu para o FC Porto. A história é deliciosa, até porque Viana de Carvalho não sabia quem estava a vender.
"O FC Porto apareceu e mostrou interesse no jogador. Trataram sempre comigo o assunto de forma séria e eu prometi-lhes que se na época seguinte o Kadú não ficasse no Belenenses, iria para o FC Porto", recorda Luís Alves, o empresário do jogador. Mais tarde surgiu o Benfica. "Num encontro promovido por Jorge Castelo, em Janeiro de 2009, apareceu o Nené e o Manuel Ribeiro. Eu disse que já estava comprometido com o FC Porto e eles optaram, então, por falar directamente com a direcção do Belenenses. Eu avisei o FC Porto do que se estava a passar", conta.
O resto da época passou sem grandes novidades, além de alguns empresários que "apareceram a oferecer dinheiro e a acenar com Barcelona e Inter de Milão. Mas ele já só pensava no FC Porto."
No arranque de 2009/10, e quando tudo indicava que ia ficar no Belenenses, aconteceu a transferência do Júlio César para o Benfica. "No mesmo pacote, os encarnados queriam meter um iniciado e um juvenil chamado Aldo Monteiro. Os directores do Belenenses não se aperceberam que se tratava de Kadú e assinaram o acordo. Quando eu soube, peguei no miúdo e levei-o para o FC Porto. Ele também quis ir logo. É portista desde pequenino e sempre foi esse o seu desejo", acrescenta aquele que também descobriu Bebé, actualmente no Besiktas.
Como Kadú não tinha contrato profissional, o Benfica não o podia recrutar sem que este assinasse a inscrição. Assim, foi fácil para o FC Porto pôr um ponto final no processo e começar a escrever uma história que em Pêro Pinheiro teve o dia mais significativo até ao momento: nove minutos na primeira equipa. Cumpriu-se o sonho.
Curiosidades
> QUE SELECÇÃO?
Kadú foi duas vezes chamado à selecção principal de Angola para que jogasse e assim fosse impedido, no futuro, de optar por Portugal. Os (maus) resultados daquela selecção não permitiram a estreia e, por isso, jogar por Portugal não é uma hipótese descartada.
> OLHO DE PACHECO
Se Jesualdo Ferreira o recrutou para treinar com os seniores a poucos dias de completar 15 anos, melhor fez Jaime Pacheco, no Belenenses, que o chamou pouco depois de ter feito 14 (!). Assim começou a sua fama.
> MÃE QUERIDA
Muito ligado à família, é na mãe que Kadú tem o seu grande apoio. Assim que terminou o jogo com o Pêro Pinheiro, publicou dois agradecimentos no Facebook dirigidos a Deus e à progenitora
> PROIBIDO JOGAR
Apesar da ligação forte, foram muitas as vezes em que levou um tabefes da mãe. E tudo porque fugia para jogar futebol nas ruas de Porto Amboim, cidade angolana onde nasceu. Nessa fase, jogava à baliza, na defesa e como avançado.
> MAIS DE 30 IRMÃOS
Filho de pais divorciados, o guarda-redes tem mais de 30 irmãos e nenhum seguiu a via do futebol. Mas tem um primo, que também é guarda-redes, mas de andebol.
> ÍDOLO HELTON
Como portista que sempre foi, Kadú teve o primeiro ídolo em Vítor Baía. Posteriormente, foi Helton que lhe ficou na retina, especialmente pela elasticidade. A oportunidade para fazer parte do mesmo plantel do brasileiro foi um sonho tornado realidade."
( http://www.ojogo.pt/27-290/artigo951617.asp )
"Chegou doente e sem dinheiro para se tratar
Kadú chegou a Portugal com 14 anos. Veio de Angola com a família e pensou que a ideia era passar uns dias de férias. Por gostar de futebol, aceitou o repto de um amigo que jogava nos juniores e foi treinar ao Belenenses. Gostou do ambiente, foi continuando e quando os azuis do Restelo o convidaram para ficar decidiu que não regressaria ao país natal. Poucas semanas depois de ter assinado, foi-lhe descoberto um problema de saúde ao nível das virilhas. Sem dinheiro para o tratamento, foi o empresário [Luís Alves] que assumiu as despesas médicas permitindo que em Janeiro de 2009 pudesse finalmente começar a jogar."
( http://www.ojogo.pt/27-290/artigo951618.asp )
"Mudo no primeiro dia
Luís Alves conheceu Kadú um mês depois deste chegar ao Belenenses. "Um amigo do clube quis mostrar-me um guarda-redes que ia buscar bolas ao Cristo-Rei", brinca. A empatia foi imediata. "Ele morava em Santarém e só podia treinar duas vezes por semana. Nesse dia arranjei-lhe logo onde ficar", continua.
Kadú foi morar com Assis, júnior do Belenenses. Hoje no Freamunde, recorda o dia em que o portista lhe apareceu em casa. "Não disse uma palavra, tanta era a timidez. Só falou no dia seguinte", ri.
Da convivência resultou uma boa amizade e a certeza de que "por ser uma pessoa muito dedicada e com qualidade", vai ter "sucesso."
Sobre os meses que passou com ele, recorda uma história: "Ele ia buscar a comida ao restaurante e levava numa marmita para comer em casa. Viajava no comboio do meio-dia e as pessoas ficavam a olhar para ele, tal era o cheiro a comida. Ficou tão envergonhado que deixou de o fazer."
( http://www.ojogo.pt/27-290/artigo951619.asp )
É bom aparecer a formação.
Agora, sff, queria um central e um ponta-de-lança, que nos estão a fazer mais falta...
Obrigado.
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