Penso que não podíamos ter escolhido melhor o adversário de ontem.
Foi na mouche.
É assim que vai jogar o Guimarães, na Supertaça.
É assim que vão jogar 95% das equipas que nos vão defrontar no campeoanto, especialmente no Dragão.
O Celta joga com os 11 jogadores no seu meio campo, bem juntos, sem dar espaços, e vai tentando, quando recupera a bola, trocá-la por ali a ver quando consegue, aqui e acolá, sair para o contra-ataque. E alguns foram bem perigosos (valeram-nos os guarda-redes).
Do cardápio destas equipas também faz parte o facto de só se mudar a táctica depois de se estar a perder por 2-0. Até lá, no passa nada. O que é irritante.
Foi, portanto, o adversário perfeito para a nossa equipa.
Como é evidente, para o espectáculo, a coisa muda de figura. E mais aborrecido fica se a nossa equipa estiver algo desinspirada. E, quiçá, com cargas físicas fortes a pesarem nas pernas, o que é natural nesta altura.
Mas deu para matar as saudades. Que eram imensas.
E para temperar algumas euforias que para aí constatei e que eram claramente prejudiciais e sem sentido (todos sabemos quem são, felizmente, os campeões crónicas das pré-épocas ...).
Dos novos, gostei muito do Josué e do Licá. E quero ver mais do Quintero. E tive pena de não ver o Herrera (não vai ser fácil colmatar a saída de Moutinho).
Há muita matéria prima para trabalhar. Felizmente.
Não gostei nada do desaguisado final - para quê tanto nervosismo ??!! -, nem da atitude subsequente dos Super, aliás, nem a percebi.
Parabéns à claque do Celta. Muitos e ruidosos.
Por curiosidade, acho que nunca tinha visto um jogo de apresentação com claque adversária ...