terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Na Luz às escuras

Antes de mais: Somos primeiros. Quem não queria estar onde nós estamos?...

O jogo de domingo não foi bom.
Ambas as equipas receosas.
Os vermelhos voltaram a apostar em jogar defensivamente, e tentar marcar uma golo casual. Mesmo a precisarem de vencer! Infelizmente conseguiram marcar. Caso isso não acontecesse, iriam prograssivamente apostar mais no ataque, desguarnecendo a defesa.

Nós...
Continuo a não perceber como não há jogadas de entendimento. Como é possivel???
Há um vazio desesperante de jogadas.
O Quaresma desiquilibra. Mas o que fazemos? Passamos-lhe a bola, e ficamos à espera que ele tire um coelho da cartola... Sozinho!
Não pode ser.
Tem de haver entrosamento e conjunto, médios a entrar e rematar, a desmarcarem-se, planeamento de jogo, alternativas, posicionamentos definidos.

Fala-se muito dos 3 defesas, mas actualmente o problema está nos 4 atacantes.
Temos um médio que tem de ser também central, outro que tem de jogar defensivamente, e o que sobra não carrega o jogo, e não pode fazer sozinho o meio campo ofensivo.
Isto porque jogamos com 2 alas e 2 pontas de lança. Caso os alas sejam bem marcados, não há jogo. Fazem-se passes longos lá para a frente e perdemos a bola.
Porque o meio campo está muito atrás.
Há um buraco no meio que tem de ser preenchido.
O nosso nº 10...
Esse poderia distribuir, desmarcar-se, desiquilibrar, rematar.
Temos o Diego e o Anderson.
Porque o Anderson não jogou ainda, não sei.
A mim parece-me que é preciso ali alguém. Um dos dois. Ou se corrige os defeitos do Diego e joga, ou se o Anderson é melhor joga ele.
Não há ninguém no FC Porto com capacidade para ensinar o Diego???
É ele que não quer? Equipa B já!

O nosso treinador, para além de outros inumeros defeitos, não estuda minimamente o adversário. A maneira de jogar é sempre igual.
Não há aproveitamento dos defeitos dos adversários, nem anulação das suas virtudes.
Não adivinha o que pensa o treinador adversário.
Não faz jogo psicológico (tem a desculpa do Blackout, mas quando falava só dizia asneiras...)

Quanto ao jogo da luz:
O golo foi um falhanço enorme do Baia, que o assumiu frontalmente no fim do jogo.
Acontece...
Infelizmente determinou o resultado final.
Sem querer atenuar o erro, verifica-se uma inflexão abrupta da bola quando passa pelo PAssunção (coisas da Fisica...). Caso tal não acontecesse o Baia estava no sitio certo, no momento preciso.

Se não fosse isso, terminaria 0-0.
Nem o FC Porto nem os vermelhos criaram grandes oportunidades de golo.
Nós, sabendo que os vermelhos têm dois bons defesas centrais, colocamos 2 pontas de lança. (Para quê?)
Nós, sabendo que o Petit é assassino, que o MFernandes entra muito em choque, não colocamos jogo no meio para obter faltas e tirar cartões.
Jogamos como sempre, no Quaresma.
Mas foram permitidas entradas rispidas sobre sí, e que não foram assinaladas nem punidas com cartão. Depois esteve mais preocupado em tentar tirar uns amarelos aos vermelhos.
Este era jogo para um nº10...


O árbitro podia ter expulso o Leo, podia ter amarelado o Petit, mas já suspeitavamos à partida que isso não ia acontecer.

Não merecemos vencer, mas os vermelhos também não!
Isso é que revolta.
Como eles jogam, nós tinhamos obrigação de vencer.
Mas continuamos nesta estranha maneira de jogar, e continuamos a perder pontos...

Mas estamos na frente.
Temos de gerir a vantagem.
Chega de perder pontos. Mas a jogar assim, é preocupante.
Temos de passar a 3 avançados já, para resolver este mau esquema de jogo, e fazer um fim de campeonato seguro.

Um apelo ao nosso Presidente JNPC: compre já um treinador para a próxima época. Um que goste de uma táctica "à Porto". E também um adjunto que controle os jogadores.
Sim, vamos ser campeões nacionais este ano, mas vá, vá às compras por favor!!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

MST em abola

“Uma vez mais, como já me tinha ocorrido no jogo do Dragão da primeira volta, dei comigo a pensar que Adriaanse vai para estes jogos sem ter feito nenhuma das três coisas essenciais no trabalho de casa de um treinador: não estuda os adversários, não elabora um plano de jogo, muito menos adaptável em função dos acontecimentos que vão ocorrendo, e não prepara os lances de bola parada - que nas outras equipas, a começar pelo Benfica, contribuem largamente para a percentagem de golos e neste FC Porto raramente resultam em golo. Chegou a ser confrangedor ver a forma como eram cobrados os livres e os cantos a favor do FC Porto. AGORA COMEÇO A PERCEBER PORQUÊ OS TREINOS À PORTA FECHADA..."

Subscrevo na íntegra estas palavras.

Saudações Portistas

Anónimo disse...

Bom dia!

Fico contente por finalmente alguém dizer para todos ouvirem que a nossa equipa não faz trabalho de casa. Subscrevo integralmente esta opinião, principalmente nas marcações de cantos, que chegam a ser ridículas. Até penso que um pontapé de baliza a favor do adversário é mais vantajoso do que propriamente um canto a nosso favor...

No resto, estou inteiramente de acordo com o teu post: se defensivamente se resolveram os principais problemas (de forma surpreendente, digo eu...)sem alguém que pense o nosso jogo, e sem uma linha média digna desse nome, dificilmente se poderá fazer melhor. E temo o futuro, principalmente pelo que o Sporting (nos) possa fazer. Não tenho, infelizmente, quanto à ideia do último parágrafo, o mesmo optimismo...

Saudações!