segunda-feira, 29 de julho de 2013

Útil sem ser muito agradável

Penso que não podíamos ter escolhido melhor o adversário de ontem.
 
Foi na mouche.
 
É assim que vai jogar o Guimarães, na Supertaça.
 
É assim que vão jogar 95% das equipas que nos vão defrontar no campeoanto, especialmente no Dragão. 
 
O Celta joga com os 11 jogadores no seu meio campo, bem juntos, sem dar espaços, e vai tentando, quando recupera a bola, trocá-la por ali a ver quando consegue, aqui e acolá, sair para o contra-ataque. E alguns foram bem perigosos (valeram-nos os guarda-redes).
 
Do cardápio destas equipas também faz parte o facto de só se mudar a táctica depois de se estar a perder por 2-0. Até lá, no passa nada. O que é irritante.
 
Foi, portanto, o adversário perfeito para a nossa equipa.
 
 
 
Como é evidente, para o espectáculo, a coisa muda de figura. E mais aborrecido fica se a nossa equipa estiver algo desinspirada. E, quiçá, com cargas físicas fortes a pesarem nas pernas, o que é natural nesta altura.
 
Mas deu para matar as saudades. Que eram imensas.
 
E para temperar algumas euforias que para aí constatei e que eram claramente prejudiciais e sem sentido (todos sabemos quem são, felizmente, os campeões crónicas das pré-épocas ...).
 
Dos novos, gostei muito do Josué e do Licá. E quero ver mais do Quintero. E tive pena de não ver o Herrera (não vai ser fácil colmatar a saída de Moutinho).
 
Há muita matéria prima para trabalhar. Felizmente.
 
Não gostei nada do desaguisado final - para quê tanto nervosismo ??!! -, nem da atitude subsequente dos Super, aliás, nem a percebi.
 
Parabéns à claque do Celta. Muitos e ruidosos.
 
Por curiosidade, acho que nunca tinha visto um jogo de apresentação com claque adversária ...


SOMOS PORTO

P.s. - Olha o Manhoso a ... começar bem ...
 

3 comentários:

O Situacionista disse...

Mais algumas notas:

- Penso que PF terá de fazer entrar, na segunda parte, neste tipo de jogos em que o adversário traz o autocarro, o segundo avançado, no caso Ghilas, não para o lugar de Jackson, mas para jogar ao lado dele. De outra forma é muito complicado entrar naquelas muralhas ...

- o duplo pivot defensivo com Fernando não sei se resultará ... duplamente ... porque me parece que o prejudica a ele e a quem joga ao lado dele ...

- Fucile, muito melhor ontem à esquerda do que na Venezuela à direita.

- Iturbe continua uma incógnita ... e, depois, para a sua maneira de jogar - verticalidade - , enfrentar autocarros é muito complicado e mais ainda se não for servido em função da sua velocidade (não adianta jogarem no pé com Iturbe); já em contra-ataque pode ser demolidor ...

- o nosso relvado está um brinco !

meirelesportuense disse...

Não gostei muito da exibição mas compreendo que as cargas físicas estejam a dificultar a forma de jogar de cada um dos nossos jogadores...Sentiu-se a falta de Alex Sandro, na esquerda é insubstituível...Fucile é uma alternativa mas parece continuar a jogar a 70%...E em vez de romper toca para trás e para o lado.
No meio também gostei do Josué, esquerdino nato, lutador e bom lançador...Também remata bem.
Licá foi mais consistente que Iturbe, mas na América Iturbe mostrou bem o que pode fazer e é muito.Fernando joga melhor só, com outro ao lado avança e depois, perde a noção do terreno que deve pisar...Os centrais têm que corrigir algumas lacunas que eu penso derivam também desta alteração no trio do meio-campo.
-Não queria ganhar um jogo que resulta de um fora de jogo claro.Para mim foi 0-0, mas houve um penaltie não assinalado, falta sobre Varela na primeira parte.
De resto no final Kelvin foi longe demais na euforia defensiva e se merecia um cartão pró-vermelho como os nossos "queridos inimigos" pretendiam, Nolito também merecia a expulsão porque agrediu Kelvin, aliás valha à verdade que Nolito o reconheceu de imediato coisa que os Portugueses de cor encarnada não conseguiram "vislumbrar"...Falta de óculos adequados.

Barba azul disse...

Caro Meirelesportuense, por onde andou estes anos? Bem vindo de volta!