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A violência tem de ser banida. Da sociedade, em geral, e, no caso, do futebol, em particular. Dê lá por onde der. Custe a quem custar. Não tem volta a dar.
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Ontem, depois de confrontos provocados pelos adeptos vermelhos antes do jogo, a comitiva vermelha foi alvo, após o jogo, de um ataque inadmissível. "Anteontem", a comitiva do FC Porto também já foi diversas vezes emboscada (numa das mais perigosas, um dos nossos atletas do hóquei - Filipe Santos - chegou a estar em coma devido à bárbara agressão de que foi vítima).
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Até uma trágica morte já houve numa final do Jamor, disputada entre os verdes e os vermelhos, perpetrada por um fulano que andou a monte até há pouco tempo.
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E andamos nisto. De violência, em violência. Com fulanos violentos que, aproveitando-se do fenómeno futebol e dos mais diversos clubes, criam um clima de medo que nada tem a ver com o desporto.
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Até quando ? Com que consequências mais ?
5 comentários:
COMUNICADO DO FC PORTO:
"Públicas virtudes, pecados privados
Públicas virtudes, pecados privados. Por causa de mais um caso em que o futebol português é, infelizmente, pródigo, o carro de um dirigente foi atingido por pedras lançadas não se sabe por quem. Lamentável. Condenável. Desta vez e de todas as outras em que aconteceu. Mas não mais desta vez do que noutras.
Apesar de tudo, o FC Porto saúda o ministro Rui Pereira, que menos de 12 horas depois do incidente já o estava a condenar publicamente e a anunciar ser “implacável neste tipo de situações”. Pena o silêncio ensurdecedor a que se remeteu quando o carro do presidente do FC Porto foi igualmente atacado e atingido por pedras ao passar por baixo de um viaduto quando circulava na auto-estrada A5, a 24/01/2010.
Rui Pereira é ministro de Portugal, não é ministro de nenhum clube ou de nenhum grupo de adeptos. Como responsável pela Administração Interna tem a obrigação de cuidar para que todos os cidadãos circulem à vontade no país, como tem a obrigação de ordenar investigações igualmente implacáveis para situações similares. Fazê-lo só às vezes, é lamentável e só ilustra como não reúne as condições para ser ministro de Portugal.
Todos nós condenamos a violência. Ninguém no seu perfeito juízo deixa de o fazer. No FC Porto condenamos todo o tipo de violência e não aceitamos que outros gostem de se colocar em bicos de pé, como de paladinos pela paz. Condenar a violência é um axioma de qualquer sociedade, como condenar a fome, porque isso faz parte do nosso ser.
Também jamais aceitaremos que sistematicamente se procure associar o nome do FC Porto e dos seus adeptos a qualquer tipo de incidentes. Para o sr. ministro Rui Pereira e para toda a gente que parece não o querer entender, os adeptos do FC Porto são cidadãos como outros quaisquer, nem melhor nem pior do que qualquer outro português. Que nunca mais seja preciso explicar uma evidência tão grande.
É contra este caldo de cultura que o FC Porto sempre lutou e continuará a lutar. Um caldo de cultura que leva a Comunicação Social a não cumprir as mais elementares regras de tratamento idêntico para situações equivalentes. Basta observar as capas dos três jornais desportivos do dia 25/01/2010, em que o apedrejamento do carro do presidente do FC Porto mais não é do que um título em fundo de página em corpo pequeno, enquanto as edições de hoje dos mesmos três jornais, duas fazem manchete e o terceiro dedica-lhe uma das chamadas mais nobres, com direito a foto. Haja decoro."
É evidente que condeno, independentemente do agressor e do agredido! Concordo com o Comunicado na exacta medida em que a Comunicação Social não considera, de todo, igual tratamento...
Eu imagino o Clima de Tensão nas proximas visitas à Luz... Não me espana tada se houver... feridos...
Também concordo que os dirigentes de ambos os lados não têm condenado estes actos com veemência, pelo contrário...quer o NGP, quer os palermas do careca e do Gomes da Silva...
Qualquer dia não se pode ir à bola... Se tivesse filhos pequenos, jamais deixaria que assistissem "in loco" ao Porto-Benfica, seja no Dragão, seja na Luz...
Ao ponto a que se chegou...
"Vandalismo na Casa portista em Coimbra
EPISÓDIO OCORREU NO FINAL DA TARDE DE TERÇA-FEIRA
Desta feita a vítima foi a Casa do FC Porto em Coimbra. Com vidros partidos devido ao arremesso de pedras da calçada, as marcas são visíveis de uma violência extrema. “Até na parede no fundo da casa estavam marcas das pedras”, revelou o presidente da direção da sede.
“É uma ato que todos reprovamos. Estamos fartos de lidar com pessoas que não gostam de desporto e apenas lhe interessam praticar o mal”, disse Ricardo Cruz.
O dirigente da Casa do FC Porto mostra-se indignado “com estes atos de vandalismo que vão muito mais além do que significa apoiar um clube”.
Sem olhar a cores clubísticas, Ricardo Cruz condena os atos “feitos por pessoas que não gostam de desporto”.
Os atos aconteceram durante “o fim de tarde de hoje (terça-feira) entre as 17 e as 18 horas”, revelou o dirigente. Acrescentando que “felizmente não se encontrava ninguém dentro da sede”. “Ficam apenas os danos materiais, mas também o medo de isto suceder com alguém no interior”, finalizou."
( http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Porto/interior.aspx?content_id=689519 )
Antes de mais repúdio qualquer tipo de violência, seja de quem for, porque quem pratica um acto deste não gosta de desporto. Tenho pena do ambiente que se está a criar para o Benfica – Porto porque tenho quase a certeza que quem for vai ser apedrejado, simplesmente espero o mesmo que os nossos adeptos que se deslocaram á luz e a nossa comitiva tenham tanta protecção policial como eles cá tiveram.
Também é de lamentar a imparcialidade da cs, visto que quando somos nós as vítimas de vandalismos para ver a notícia quase é preciso uma lupa quando são eles lê-se a 1 km de distância, pede-se isenção a esses srs que se dizem jornalistas se possível sim.
Quanto ao comunicado está excelente e concordo contudo o que está lá escrito, só tenho pena que vá ter pouca divulgação, mas nada a que não estejamos habituados.
Força Porto
COMUNICADO DO FCPORTO:
"Bem prega Frei Tomás
A Casa do FC Porto em Coimbra foi ontem atacada à pedrada. Pela quarta vez. Até agora nenhuma autoridade oficial se pronunciou sobre o incidente – o de ontem ou os anteriores –, nem se ouviu a mínima condenação por parte do clube que tanto gosta de se fazer passar pelo arcanjo da paz. O FC Porto solidariza-se com os dirigentes e os adeptos da Casa de Coimbra e reitera a condenação de todas as formas de violência.
O incidente de Coimbra aconteceu menos de duas horas depois de Rui Gomes da Silva ler um comunicado da Benfica SAD, uma escolha nada inocente, como até o jornal “A Bola” reconhece na página 2 da sua edição de hoje. Que será feito do prolixo porta-voz que até estava presente no incidente da A41, desta vez remetido à subalternidade e substituído pelo administrador que mais tem contribuído para o actual clima de tensão através das suas intervenções e provocações televisivas? Estabelecer uma causa-efeito entre o discurso no Estádio da Luz e o incidente de Coimbra é mais fácil do que ler nas estrelas o que quer que seja.
São estes talibans vestidos com pele de cordeiro que o FC Porto combaterá sempre, reiterando a exigência de tratamento igual quer por parte das autoridades, quer por parte dos media. Os nossos adeptos são homens, mulheres e crianças exactamente iguais a todos os outros e com toda a certeza já perceberam quem procura criar um ambiente insustentável no futebol português quando se avizinham jogos decisivos. Até porque se há alguma coisa que distingue os adeptos do FC Porto dos nossos adversários, isso é, sem dúvida, o hábito de celebrar títulos. Muitos. Em paz e alegria."
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