segunda-feira, 21 de março de 2011

A tradicional verdade desportiva azul e branca

Addy: um exemplo de seriedade no futebol

Nunca fui ao Gana e nunca me cruzei com Addy em parte nenhuma.

Aclarado este ponto, Addy foi ontem protagonista central no Dragão. O jogador está emprestado pelo FC Porto à Académica de Coimbra e perante mais de 46 mil espectadores foi um profissional íntegro: dispôs de uma oportunidade de golo e concretizou-a; obrigou o clube a que duradouramente está vinculado a ter de correr atrás do prejuízo, sujeitando-se à ida para os balneários ao intervalo na condição de perdedor.

Sendo o futebol uma das áreas afectadas pelo clima da permanente suspeição num país habituado a sistemáticas teorias da conspiração e assassinatos morais, convém dar conta de comportamentos acima de qualquer suspeita. O exemplo de Addy merece ser destacado também, ou sobretudo, por isso.

Ainda que reconheça haver um défice de clarificação das regras de empréstimos entre clubes, se silenciasse o comportamento (factual) de Addy estaria a ser conivente com os arautos do uso de uma moralidade de pacotilha, servida segundo doses de clubite aguda e desonestidade pura e simples. Não dou para um tal peditório.

É matéria secundária para o caso mas, naturalmente, o profissionalismo exemplar de Addy teve consequências muito para lá do silenciamento dos fabricadores permanentes de teorias da conspiração. Por exemplo: obrigou, por um lado, o FC Porto a puxar dos galões para continuar imparável e serviu, por outro lado, para dar ainda mais mérito ao sentimento já irreversível de que o título está justamente entregue aos portistas.”
(conferir aqui)


Aproveito este artigo publicado hoje n´OJogo para partilhar o seguinte: notem bem, ao contrário do que se pode depreender deste artigo, eu não acho este exemplo - Addy - nada de especial. É mais do mesmo relativamente ao FC Porto.
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Agora, como os antiportistas primários costumam enlamear a comunicação social com as teses (contrárias) mais peregrinas que se possam imaginar, é de bom tom realçar este caso.
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Sem, no entanto, ao contrário do que (parece querer) sustenta(r) o autor do artigo, fazer depender a integridade do jogador unicamente da concretização de uma oportunidade de golo. De outra forma, se falhasse essa mesma oportunidade quereria, desde logo, dizer o quê ? Que não era íntegro ?!??!!

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P.s. - Tenho a certeza que logo, em Paços, o Nelson Oliveira - que está emprestado aos da casa pelo visitante -, seguirá também este exemplo.
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1 comentário:

Fernando disse...

Dizia um crono do jornalixo radiofónico lisboeta: Nelson foi uma verdadeira inutilidade...
Perceberem?!