Lisandro

Apanhou um jogo de castigo por ter simulado um penalty num jogo que terminou empatado.
Já Aimar não apanhou nenhum jogo de castigo, porque simulou um penalty num jogo que terminou 6-1.

A regra de que simular quando conta para o resultado final é mais grave do que quando afecta o resultado final, parece-me absolutamente surreal.
Ou simula ou não simula. Se simula, deve ser castigado. Ou não. Mas igual, independentemente do resultado final.

Mas vejamos, segundo a regra em vigor.
No caso de Lisandro, o jogo estava 0-1, e o penalty convertido colocou o resultado em 1-1.
No caso de Aimar, o jogo estava em 2-1, e colocou o resultado em 3-1.
Ora, num jogo que está 2-1, a equipa em desvantagem está à procura do empate. Está motivada. Um golo a favor muda o resultado. Mas um golo contra, deita a motivação por terra.
Assim, parece-me evidente que o tal jogo de castigo para o jogador também se deve aplicar nos casos de diferença mínima.
Este penalty terminou com o jogo.
Definiu a derrota do Nacional.

Já agora, perante este caso, e vários outros (penaltys, faltas, etc.), fico a perceber melhor porque é que o benfica procura sempre golear.
É que por um lado, evita suspensões aos jogadores que simulam faltas (e são vários, e em vários jogos).
Por outro lado, desvaloriza os erros de arbitragem (“ah, não era penalty, mas como o resultado ficou 6-1…”).