O Benfica, através do director de comunicação, considerou esta segunda-feira que o Sporting está a demonstrar "falta de fair play e mau perder", após a final da Taça da Liga de futebol, e frisou que o clube da Luz venceu "com mérito".
"Temos orgulho nesta Taça da Liga, que resulta do trabalho de todo o plantel, da equipa técnica, da competitividade dos jogadores e a capacidade de nosso guarda-redes. Desde sábado o Sporting tem demonstrado uma total falta de fair play e mau perder", afirmou João Gabriel.
(...)
Sobre a demissão do Sporting da direcção da Liga, João Gabriel considerou que o emblema de Alvalade "mais uma vez teve uma posição coincidente com um clube do Norte".
"Já sabíamos que havia um clube que queria derrubar a actual Direcção da Liga, e queria derrubá-la desde o Apito Final, agora ficámos a saber que a decisão da Direcção do Sporting é coincidente com a do clube do Norte".
A terminar, João Gabriel elogiou o trabalho de Hermínio Loureiro na presidência do organismo.
"O presidente da Liga tem coluna vertebral e não tem medo de enfrentar o dr. Soares Franco.
Realço toda a coragem demonstrada no combate à corrupção", afirmou."
Pergunta: depois de se saber que Lucílio não mencionou no relatório, a peitada de Pedro Silva, Lisandro que levou um amarelo injusto, que o impede de jogar contra o Guimarães e ontem viu o árbitro, por indicação do auxiliar, invalidar-lhe um golo limpo, devia reagir à peitada?
1 O provincianismo, ao contrário do que imaginam os lisboetas, não é uma doença que ataque apenas a gente da província: também ataca a distinta gente da capital. Dez dias a fio, a imprensa desportiva de Lisboa proporcionou ao país uma exuberante demonstração do mais ridículo provincianismo futebolístico que se possa imaginar.
Eu sei que um Sporting-Benfica é um «clássico» (que eu próprio gosto sempre de ver, embora raramente com agrado); eu sei que uma final é uma final, embora a neófita Taça da Liga não passe, hierarquicamente, da terceira ou quarta competição em termos de importância na agenda desportiva — imediatamente antes do «Troféu Guadiana» e do «Troféu Eusébio»; eu sei ainda que todo o alarido feito a propósito desta final tinha que ver com o simples facto (especialmente para a «Instituição» Benfica) de nada mais de sólido terem os dois «monstros» de Lisboa a que se agarrarem, nestes idos de Março: o campeonato está a fugir-lhes, a Taça de Portugal já era, da Supertaça vão estar bem provavelmente ausentes, e a Europa terminou em enxovalho para ambos (salvas as diferenças que há, apesar de tudo, entre ser sovado nos oitavos da Champions ou ser humilhado no grupo de qualificação para os dezaseis-avos da Taça UEFA).
Mas, não obstante tudo isso, caramba, é preciso ter a noção das proporções, sob pena de perder a noção do ridículo. Meus caros amigos, acreditem: visto de fora, de quem não é nem lagarto nem lampião, a desbragada promoção deste jogo do Algarve a «jogo do ano» (como lhe chamou a SIC), foi simplesmente ridícula. Durante a semana inteira pareceu que o mundo tinha parado na expectativa de um desafio transcendente. No sábado, A BOLA dedicou-lhe nada menos do que 18 páginas (!), e só lendo o jornal de fio a pavio e muito atentamente é que alguém vindo de fora conseguiria descobrir que havia mais outro jogo no fim-de-semana... e que, por acaso, era uma meia-final da Taça de Portugal, entre o FC Porto e o Estrela da Amadora.
Provincianismo também é isto: convencer-se que, fora de Lisboa ou fora de um Benfica-Sporting, tudo o resto é paisagem.
Bem, o «jogo do ano» foi um legítimo candidato a pior jogo do ano. Faltas e interrupções sucessivas, futebol aos repelões, sem dois passes certos consecutivos, escassas oportunidades de golo, zero de imaginação ou talento. O Benfica teve uma oportunidade aos dois minutos e uma bola pingadinha na trave na segunda parte, e... foi tudo o que fez: o seu futebol atingiu, na altura crucial da época, um nível simplesmente confrangedor. Razão teve o Sílvio Cervan (ele nunca se esquece...) para aproveitar mais uma vez a sua coluna das sextas-feiras aqui para tentar intimidar e pressionar previamente o árbitro (e diga-se que tem vindo a ter resultados reconfortantes nesse esforço).
Em minha opinião, Lucílio Baptista é — desde há muitos anos e consistentemente — o pior árbitro português. Mas como, desde sempre, é um árbitro militantemente anti-Porto, lá foi fazendo a sua carreira, sempre para cima e sempre muito estimado pelos grandes de Lisboa e pela Comissão de Arbitragem. Raro é o jogo importante que lhe confiam em que ele não tenha influência directa no resultado — e mais uma vez assim aconteceu, só que desta vez e desdizendo a sua fama de sportinguista, ele ofereceu uma taça ao Benfica (que há quatro anos não tinha nada para pôr na vitrina).
Dito isto, e apesar de só o Sporting ter merecido ganhar e ter feito por isso, não tenho a menor pena dos leões: anos a fio, Lucílio Baptista prejudicou despudoradamente o FC Porto em confrontos com o Sporting (chegou a arbitrar, sempre em prejuízo dos azuis, quatro ou cinco jogos consecutivos entre os dois emblemas para o campeonato, mais uma final no Jamor que entregou de bandeja ao Sporting), e nunca, então, eu lhes ouvi um queixume que fosse contra este árbitro.
Aliás, o Sporting, tal como o Benfica, só chegou a esta final Carlsberg graças a um regulamento feito à medida para tal e graças a dois manhosos penalties que lhe permitiram virar o jogo da meia-final em Alvalade, contra a «reserva» do FC Porto — que Jesualdo Ferreira lançou às feras, porque se convenceu, muito inteligente e seriamente, que rodar jogadores era o objectivo desta «competição».
(Mas, a avaliar pelos festejos dos benfiquistas no final, como se tivessem acabado de vencer a Champions, e com toda a limpeza e mérito, já não sei, não...).
E assim, no rescaldo do «jogo do ano», ouviram-se gritos de «roubo!» e «ladrão!» e «o futebol está podre!» e outros que tais: o habitual. Só que, desta vez, tudo se passou entre os parceiros da «moralização do futebol português».
E eu a imaginar que, depois do Apito Dourado, o futebol português já estava moralizado!"
Até dizia alguma coisa, mas parece que o MST disse tudo. Eu ainda não me preocupei muito com esta situação toda, é o roubo do costume para o Benfica e o choradinho do costume do Sporting que não sabe ganhar sem um empurrãozinho e umas faltas marcadas sobre os mergulhos do Moutinho. E mais qq coisinha, era bom que o jogo fizesse com que o Bento se fosse embora e o Quique ficasse.
4 comentários:
Acabo de ler isto no JN:
"A TAÇA FOI GANHA COM TODO O MÉRITO" pelo Benfica
O Benfica, através do director de comunicação, considerou esta segunda-feira que o Sporting está a demonstrar "falta de fair play e mau perder", após a final da Taça da Liga de futebol, e frisou que o clube da Luz venceu "com mérito".
"Temos orgulho nesta Taça da Liga, que resulta do trabalho de todo o plantel, da equipa técnica, da competitividade dos jogadores e a capacidade de nosso guarda-redes. Desde sábado o Sporting tem demonstrado uma total falta de fair play e mau perder", afirmou João Gabriel.
(...)
Sobre a demissão do Sporting da direcção da Liga, João Gabriel considerou que o emblema de Alvalade "mais uma vez teve uma posição coincidente com um clube do Norte".
"Já sabíamos que havia um clube que queria derrubar a actual Direcção da Liga, e queria derrubá-la desde o Apito Final, agora ficámos a saber que a decisão da Direcção do Sporting é coincidente com a do clube do Norte".
A terminar, João Gabriel elogiou o trabalho de Hermínio Loureiro na presidência do organismo.
"O presidente da Liga tem coluna vertebral e não tem medo de enfrentar o dr. Soares Franco.
Realço toda a coragem demonstrada no combate à corrupção", afirmou."
( http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1179465 )
ESTES VERMELHOS NÃO TÊM MESMO UM PINGO VERGONHA NA CARA !!!
Pergunta: depois de se saber que Lucílio não mencionou no relatório, a peitada de Pedro Silva, Lisandro que levou um amarelo injusto, que o impede de jogar contra o Guimarães e ontem viu o árbitro, por indicação do auxiliar, invalidar-lhe um golo limpo, devia reagir à peitada?
Um abraço
A propósito, diz o MST,
"Zangam-se as comadres
1 O provincianismo, ao contrário do que imaginam os lisboetas, não é uma doença que ataque apenas a gente da província: também ataca a distinta gente da capital. Dez dias a fio, a imprensa desportiva de Lisboa proporcionou ao país uma exuberante demonstração do mais ridículo provincianismo futebolístico que se possa imaginar.
Eu sei que um Sporting-Benfica é um «clássico» (que eu próprio gosto sempre de ver, embora raramente com agrado); eu sei que uma final é uma final, embora a neófita Taça da Liga não passe, hierarquicamente, da terceira ou quarta competição em termos de importância na agenda desportiva — imediatamente antes do «Troféu Guadiana» e do «Troféu Eusébio»; eu sei ainda que todo o alarido feito a propósito desta final tinha que ver com o simples facto (especialmente para a «Instituição» Benfica) de nada mais de sólido terem os dois «monstros» de Lisboa a que se agarrarem, nestes idos de Março: o campeonato está a fugir-lhes, a Taça de Portugal já era, da Supertaça vão estar bem provavelmente ausentes, e a Europa terminou em enxovalho para ambos (salvas as diferenças que há, apesar de tudo, entre ser sovado nos oitavos da Champions ou ser humilhado no grupo de qualificação para os dezaseis-avos da Taça UEFA).
Mas, não obstante tudo isso, caramba, é preciso ter a noção das proporções, sob pena de perder a noção do ridículo. Meus caros amigos, acreditem: visto de fora, de quem não é nem lagarto nem lampião, a desbragada promoção deste jogo do Algarve a «jogo do ano» (como lhe chamou a SIC), foi simplesmente ridícula. Durante a semana inteira pareceu que o mundo tinha parado na expectativa de um desafio transcendente. No sábado, A BOLA dedicou-lhe nada menos do que 18 páginas (!), e só lendo o jornal de fio a pavio e muito atentamente é que alguém vindo de fora conseguiria descobrir que havia mais outro jogo no fim-de-semana... e que, por acaso, era uma meia-final da Taça de Portugal, entre o FC Porto e o Estrela da Amadora.
Provincianismo também é isto: convencer-se que, fora de Lisboa ou fora de um Benfica-Sporting, tudo o resto é paisagem.
Bem, o «jogo do ano» foi um legítimo candidato a pior jogo do ano. Faltas e interrupções sucessivas, futebol aos repelões, sem dois passes certos consecutivos, escassas oportunidades de golo, zero de imaginação ou talento. O Benfica teve uma oportunidade aos dois minutos e uma bola pingadinha na trave na segunda parte, e... foi tudo o que fez: o seu futebol atingiu, na altura crucial da época, um nível simplesmente confrangedor. Razão teve o Sílvio Cervan (ele nunca se esquece...) para aproveitar mais uma vez a sua coluna das sextas-feiras aqui para tentar intimidar e pressionar previamente o árbitro (e diga-se que tem vindo a ter resultados reconfortantes nesse esforço).
Em minha opinião, Lucílio Baptista é — desde há muitos anos e consistentemente — o pior árbitro português. Mas como, desde sempre, é um árbitro militantemente anti-Porto, lá foi fazendo a sua carreira, sempre para cima e sempre muito estimado pelos grandes de Lisboa e pela Comissão de Arbitragem. Raro é o jogo importante que lhe confiam em que ele não tenha influência directa no resultado — e mais uma vez assim aconteceu, só que desta vez e desdizendo a sua fama de sportinguista, ele ofereceu uma taça ao Benfica (que há quatro anos não tinha nada para pôr na vitrina).
Dito isto, e apesar de só o Sporting ter merecido ganhar e ter feito por isso, não tenho a menor pena dos leões: anos a fio, Lucílio Baptista prejudicou despudoradamente o FC Porto em confrontos com o Sporting (chegou a arbitrar, sempre em prejuízo dos azuis, quatro ou cinco jogos consecutivos entre os dois emblemas para o campeonato, mais uma final no Jamor que entregou de bandeja ao Sporting), e nunca, então, eu lhes ouvi um queixume que fosse contra este árbitro.
Aliás, o Sporting, tal como o Benfica, só chegou a esta final Carlsberg graças a um regulamento feito à medida para tal e graças a dois manhosos penalties que lhe permitiram virar o jogo da meia-final em Alvalade, contra a «reserva» do FC Porto — que Jesualdo Ferreira lançou às feras, porque se convenceu, muito inteligente e seriamente, que rodar jogadores era o objectivo desta «competição».
(Mas, a avaliar pelos festejos dos benfiquistas no final, como se tivessem acabado de vencer a Champions, e com toda a limpeza e mérito, já não sei, não...).
E assim, no rescaldo do «jogo do ano», ouviram-se gritos de «roubo!» e «ladrão!» e «o futebol está podre!» e outros que tais: o habitual. Só que, desta vez, tudo se passou entre os parceiros da «moralização do futebol português».
E eu a imaginar que, depois do Apito Dourado, o futebol português já estava moralizado!"
(Retirado do Portistaforever)
Até dizia alguma coisa, mas parece que o MST disse tudo.
Eu ainda não me preocupei muito com esta situação toda, é o roubo do costume para o Benfica e o choradinho do costume do Sporting que não sabe ganhar sem um empurrãozinho e umas faltas marcadas sobre os mergulhos do Moutinho.
E mais qq coisinha, era bom que o jogo fizesse com que o Bento se fosse embora e o Quique ficasse.
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