Ontem tivemos momentos de grande espectáculo. Grandes jogadas e pormenores individuais mágicos.
Fizemos um jogo seguro, inteligente, e na segunda parte o Nacional nada conseguir fazer para reagir.
Hulk foi incrível ... disputar bolas com Felipe Lopes no ar não é para qualquer um!!!
Destaco um jovem que muitos por vezes criticam, Rafa. Emídio Rafael fez um jogo excelente, apanhou pela sua frente os dois mais perigosos jogadores do Nacional, Claudemir (3 golos na liga, defesa direito revelação deste campeonato, que sentou Patacas no banco) e Mateus. Conseguiu anular as acções destes dois adversários e ainda fez uma excelente assistência para Hulk que isolado falhou. Esteve bem a atacar e a defender, mostrando que está a ganhar o seu espaço.
Rolando foi mais uma vez imperial, Helton seguro. Sapunaru muito bem a defender. Maicon melhor que nos últimos jogos. Fernando, Bellluschi e Moutinho excelentes. Varela e James são um quebra cabeças para qualquer lateral.
Grande jogo no Dragão ontem! Foi um recital de bom futebol e bons golos e um jogo espectacular de Hulk. agora venham os mouros!!! estamos a tremer com a pressão!!!
Cá está! A prova de que o mister Jorge Jesus foi vítima duma armadilha, uma ignóbil tramóia! Reparem como no fim do jogo o Luís Alberto vai fazer o seu relatório ao Hulk, óbviamente o mandante dum acto de vingança...
Provavelmente já a leram, mas deixo aqui a análise do JVP ao nosso jogo e a alguns elementos da equipa (in O Jogo):
1-Resultado justo e categórico
Bom jogo, com ritmo alto, grande dinâmica, velocidade, competitividade e golos. Pode afirmar-se que à vitória justa e categórica do FC Porto podem ter faltado alguns golos, mas também é justo referir a competitividade que o Nacional deu à partida. Depois de uma primeira parte em que foi superior e comandou, embora entre o primeiro golo e o segundo tenha comandado mas sem controlar, na segunda metade controlou de fio a pavio, geriu a vantagem como quis e ainda pôde dar minutos de jogo a alguns jogadores com menos ritmo. É verdade que depois de fazer três golos nos primeiros 45 minutos tudo se torna mais fácil, até porque o adversário acaba por sentir-se impotente para reagir, mas o rigor do FC Porto foi impressionante.
2-Organização irrepreensível
O FC Porto jogou muito concentrado durante os 90 minutos, com grande disponibilidade dos jogadores para jogarem e demonstrarem desde o início que tinham aprendido a lição do último confronto entre ambos e de que resultou a única derrota portista esta época. Sabendo que o nacional é um adversário atrevido, que normalmente aproveita bem os erros dos adversários. Só que desta vez o FC Porto não deu a mínima hipótese de que tal pudesse acontecer. Manteve uma organização defensiva irrepreensível do primeiro ao último minuto. Marcou cedo, o golo deu tranquilidade, mas nem assim a equipa baixou a intensidade, a entrega e a concentração.
Já aqui elogiei a combatividade do Nacional, equipa que nunca desiste, e ontem provou-o mais uma vez. Tentou reagir ao golo sofrido, subiu no terreno, tentou pressionar alto, foi capaz de disputar alguns duelos individuais e até conseguiu roubar algumas bolas, só que a organização defensiva do FC Porto não permitiu qualquer oportunidade de golo. Digamos que, apesar da reacção positiva, por culpa do FC Porto o Nacional nunca chegou a ter esperança.
3-Trabalho do meio-campo é fabuloso
Continuando a jogar de forma inteligente, sem nunca facilitar, o FC Porto aproveitou a subida no terreno do adversário e a velocidade do seu trio atacante para jogar a bola para as costas da defesa do Nacional. Uma forma de jogar objectiva, enraizada, bem trabalhada. E apareceu o segundo golo numa bola primorosamente metida por Moutinho em Hulk, que apareceu isolado, e depois o terceiro, com Hulk a fazer o último passe que isolou James Rodriguez para um grande golo.
Independentemente do mérito dos autores dos golos, a forma como foram construídos - esses lances e outros do género - só aconteceu porque o trabalho do meio-campo do FC Porto é fabuloso. Moutinho e Belluschi jogam com inteligência, têm ambos uma técnica de passe primorosa e grande leitura de jogo. Daí que o FC Porto demonstre também uma excepcional ligação entre sectores e uma dinâmica colectiva impressionante. Os golos são disso um exemplo perfeito. Normalmente é Hulk quem aparece na cara do guarda-redes, mas ontem, depois de fazer dois golos, foi notável a fazer o passe que isolou James. Isto é trabalho de casa e dinâmica colectiva.
Começa a ser difícil encontrar o que escrever de novo sobre ele. Vá lá que ontem deu uma ajuda ao marcar de cabeça. Tem características ímpares que desequilibram qualquer jogo, como a potência e a velocidade, e cada vez está mais objectivo, mais solidário e mais inteligente na forma de jogar. Vê-se que tem sabido ouvir e corrigir os defeitos. Agora consegue utilizar todo o seu potencial em prol da equipa e terá percebido que esta é a melhor forma de brilhar. Ontem fez três cabeceamentos, o que é novidade. Um deu golo, outro foi defendido e o terceiro foi à barra, o que demonstra que também nesse particular tem evoluído. Quando um jogador cujo forte não é a cabeça, faz um golo e depois volta a criar lances de perigo com cabeçadas, começa a ganhar confiança. Ninguém se admire se ele daqui para a frente aparecer a fazer mais golos de cabeça, o que também lhe dará muito jeito se continuar a jogar naquela posição.
5-O miúdo tem confiança e personalidade
James Rodriguez é outro jogador em clara evolução. Está mais disciplinado tacticamente, mais agressivo em termos defensivos, mais identificado com o futebol português, que o está a fazer ganhar maturidade. Tem grande qualidade técnica e isso nota-se no toque de bola e no drible, mas o que mais me impressiona no miúdo é a confiança e a personalidade que tem. Nem o Cristiano Ronaldo com a idade dele tirava a bola das mãos de um colega para marcar ele um livre directo à entrada da área, como o vimos fazer numa das primeiras vezes em que jogou. Melhor ainda porque não foi contestado por nenhum dos colegas, bateu o livre para fora e continuou a jogar como se nada fosse. Evolui a cada jogo que passa. Entrou no tempo certo numa estrutura forte e ganhadora.
Por falar em evolução, este João Pinto também evoluiu fantásticamente: além de saber escrever de forma fácil e agradável as suas análises aos jogos e à dinâmica das equipas, inteligentes e reveladoras de alguém que não sabe de futebol só por ver jogar, às vezes parece portista desde pequenino...:-))
Os comentários do João Pinto, independentemente de estarmos ou não de acordo com eles, são de facto de alguém que sabe muito de futebol. E que pensa futebol. Leio sempre.
8 comentários:
Bom dia,
Ontem tivemos momentos de grande espectáculo. Grandes jogadas e pormenores individuais mágicos.
Fizemos um jogo seguro, inteligente, e na segunda parte o Nacional nada conseguir fazer para reagir.
Hulk foi incrível ... disputar bolas com Felipe Lopes no ar não é para qualquer um!!!
Destaco um jovem que muitos por vezes criticam, Rafa.
Emídio Rafael fez um jogo excelente, apanhou pela sua frente os dois mais perigosos jogadores do Nacional, Claudemir (3 golos na liga, defesa direito revelação deste campeonato, que sentou Patacas no banco) e Mateus. Conseguiu anular as acções destes dois adversários e ainda fez uma excelente assistência para Hulk que isolado falhou. Esteve bem a atacar e a defender, mostrando que está a ganhar o seu espaço.
Rolando foi mais uma vez imperial, Helton seguro.
Sapunaru muito bem a defender. Maicon melhor que nos últimos jogos. Fernando, Bellluschi e Moutinho excelentes.
Varela e James são um quebra cabeças para qualquer lateral.
Boa casa, com o público a apoiar.
Foi fantástico.
Abraço
Paulo
http://pronunciadodragao.blogspot.com
Eu sinto-me terrivelmente pressionado!
Grande jogo no Dragão ontem! Foi um recital de bom futebol e bons golos e um jogo espectacular de Hulk.
agora venham os mouros!!!
estamos a tremer com a pressão!!!
eternomagnifico.blogspot.com
Cá está! A prova de que o mister Jorge Jesus foi vítima duma armadilha, uma ignóbil tramóia! Reparem como no fim do jogo o Luís Alberto vai fazer o seu relatório ao Hulk, óbviamente o mandante dum acto de vingança...
Finalmente um jogo bem conseguido do princípio até ao fim.
Agradável, com ritmo, com muitas oportunidades e nenhuma hipótese para o adversário.
Vencer e convencer. É este o lema que deve nortear os nossos atletas até ao final da época.
A um campeão não o basta ser, tem também de o parecer.
Um abraço
Provavelmente já a leram, mas deixo aqui a análise do JVP ao nosso jogo e a alguns elementos da equipa (in O Jogo):
1-Resultado justo e categórico
Bom jogo, com ritmo alto, grande dinâmica, velocidade, competitividade e golos. Pode afirmar-se que à vitória justa e categórica do FC Porto podem ter faltado alguns golos, mas também é justo referir a competitividade que o Nacional deu à partida. Depois de uma primeira parte em que foi superior e comandou, embora entre o primeiro golo e o segundo tenha comandado mas sem controlar, na segunda metade controlou de fio a pavio, geriu a vantagem como quis e ainda pôde dar minutos de jogo a alguns jogadores com menos ritmo. É verdade que depois de fazer três golos nos primeiros 45 minutos tudo se torna mais fácil, até porque o adversário acaba por sentir-se impotente para reagir, mas o rigor do FC Porto foi impressionante.
2-Organização irrepreensível
O FC Porto jogou muito concentrado durante os 90 minutos, com grande disponibilidade dos jogadores para jogarem e demonstrarem desde o início que tinham aprendido a lição do último confronto entre ambos e de que resultou a única derrota portista esta época. Sabendo que o nacional é um adversário atrevido, que normalmente aproveita bem os erros dos adversários. Só que desta vez o FC Porto não deu a mínima hipótese de que tal pudesse acontecer. Manteve uma organização defensiva irrepreensível do primeiro ao último minuto. Marcou cedo, o golo deu tranquilidade, mas nem assim a equipa baixou a intensidade, a entrega e a concentração.
Já aqui elogiei a combatividade do Nacional, equipa que nunca desiste, e ontem provou-o mais uma vez. Tentou reagir ao golo sofrido, subiu no terreno, tentou pressionar alto, foi capaz de disputar alguns duelos individuais e até conseguiu roubar algumas bolas, só que a organização defensiva do FC Porto não permitiu qualquer oportunidade de golo. Digamos que, apesar da reacção positiva, por culpa do FC Porto o Nacional nunca chegou a ter esperança.
3-Trabalho do meio-campo é fabuloso
Continuando a jogar de forma inteligente, sem nunca facilitar, o FC Porto aproveitou a subida no terreno do adversário e a velocidade do seu trio atacante para jogar a bola para as costas da defesa do Nacional. Uma forma de jogar objectiva, enraizada, bem trabalhada. E apareceu o segundo golo numa bola primorosamente metida por Moutinho em Hulk, que apareceu isolado, e depois o terceiro, com Hulk a fazer o último passe que isolou James Rodriguez para um grande golo.
Independentemente do mérito dos autores dos golos, a forma como foram construídos - esses lances e outros do género - só aconteceu porque o trabalho do meio-campo do FC Porto é fabuloso. Moutinho e Belluschi jogam com inteligência, têm ambos uma técnica de passe primorosa e grande leitura de jogo. Daí que o FC Porto demonstre também uma excepcional ligação entre sectores e uma dinâmica colectiva impressionante. Os golos são disso um exemplo perfeito. Normalmente é Hulk quem aparece na cara do guarda-redes, mas ontem, depois de fazer dois golos, foi notável a fazer o passe que isolou James. Isto é trabalho de casa e dinâmica colectiva.
(a continuar)
(continuação)
4-Hulk descobriu a melhor forma de brilhar
Começa a ser difícil encontrar o que escrever de novo sobre ele. Vá lá que ontem deu uma ajuda ao marcar de cabeça. Tem características ímpares que desequilibram qualquer jogo, como a potência e a velocidade, e cada vez está mais objectivo, mais solidário e mais inteligente na forma de jogar. Vê-se que tem sabido ouvir e corrigir os defeitos. Agora consegue utilizar todo o seu potencial em prol da equipa e terá percebido que esta é a melhor forma de brilhar. Ontem fez três cabeceamentos, o que é novidade. Um deu golo, outro foi defendido e o terceiro foi à barra, o que demonstra que também nesse particular tem evoluído. Quando um jogador cujo forte não é a cabeça, faz um golo e depois volta a criar lances de perigo com cabeçadas, começa a ganhar confiança. Ninguém se admire se ele daqui para a frente aparecer a fazer mais golos de cabeça, o que também lhe dará muito jeito se continuar a jogar naquela posição.
5-O miúdo tem confiança e personalidade
James Rodriguez é outro jogador em clara evolução. Está mais disciplinado tacticamente, mais agressivo em termos defensivos, mais identificado com o futebol português, que o está a fazer ganhar maturidade. Tem grande qualidade técnica e isso nota-se no toque de bola e no drible, mas o que mais me impressiona no miúdo é a confiança e a personalidade que tem. Nem o Cristiano Ronaldo com a idade dele tirava a bola das mãos de um colega para marcar ele um livre directo à entrada da área, como o vimos fazer numa das primeiras vezes em que jogou. Melhor ainda porque não foi contestado por nenhum dos colegas, bateu o livre para fora e continuou a jogar como se nada fosse. Evolui a cada jogo que passa. Entrou no tempo certo numa estrutura forte e ganhadora.
Por falar em evolução, este João Pinto também evoluiu fantásticamente: além de saber escrever de forma fácil e agradável as suas análises aos jogos e à dinâmica das equipas, inteligentes e reveladoras de alguém que não sabe de futebol só por ver jogar, às vezes parece portista desde pequenino...:-))
Os comentários do João Pinto, independentemente de estarmos ou não de acordo com eles, são de facto de alguém que sabe muito de futebol. E que pensa futebol. Leio sempre.
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