Record, edição online, de 22/01/2008:
"PORTISTAS TÊM A MELHOR DEFESA DOS PRINCIPAIS CAMPEONATOS EUROPEUS
um estatuto de claro domínio nos dados relativos aos golos: é a equipa da Liga que mais marca e também aquela que detém a defesa menos batida dos 15 campeonatos dos países europeus com melhor coeficiente no ranking da UEFA.
Apenas 5 tentos encaixados em 16 jogos, marca da qual apenas se aproximam o Panathinaikos de Peseiro, o Bayern de Munique e o Slavia Praga.
Números que reforçam a qualidade defensiva dos dragões, mesmo após a perda de Pepe e de alguns percalços na escolha do companheiro de Bruno Alves.
Números que reforçam a qualidade defensiva dos dragões, mesmo após a perda de Pepe e de alguns percalços na escolha do companheiro de Bruno Alves.
Só os “ingleses” Kuyt e Torres o lograram em jogos a contar para a Champions!
Restringir o feito ao guarda-redes e ao quarteto recuado é, contudo, redutor, já que há um peso tremendo do trio do meio-campo e até de Lisandro nas acções de perseguição da bola.
Restringir o feito ao guarda-redes e ao quarteto recuado é, contudo, redutor, já que há um peso tremendo do trio do meio-campo e até de Lisandro nas acções de perseguição da bola.
O avançado argentino é o primeiro a defender e o trio do meio-campo já soma, em conjunto, mais de 330 recuperações de bola, o que dá uma média superior a 20 bolas ganhas por encontro, num registo que tem em Paulo Assunção o seu maior contributário, ou não fosse essa a sua principal tarefa, ao contrário do que acontece com Lucho González e com Raul Meireles."
Defesa de betão ou adversários internos de papelão?
Cada um que retire a devida ilação (a rima não foi intencional...).
Cá por mim, queria novamente salientar a grande importância que Pedro Emanuel tem na consistência defensiva da equipa.
Com um Bosingwa em grande nível, um Bruno Alves praticamente insuperável e um lado esquerdo oscilante, a titularidade de Pedro Emanuel funcionou como a "cereja em cima do bolo" em termos defensivos, tudo graças à sua capacidade de liderança, inteligência, serenidade e experiência.
Com ele a titular o FCP apenas sofreu 1 golo (Braga).
Um abraço a todos e um forte POOOOORTOOOOO!!!
8 comentários:
Gosto sempre de ler o Penta e as boas notícias que nos traz!
Opto por uma resposta "polivalente":
A defesa tem sido quase de betão, e os nossos adversários não têm descoberto as brechas que existem. Especialmente pelo lado esquerdo e, na velocidade, no centro.
Concordo com a importância do Pedro Emanuel.
A propósito, para alvalade, sugiro o Fucile. Contra o Aves, mostrou que está "impec". Pela menos durante a segunda parte, pois não consegui ver a primeira.
Aliás, ainda não vos falei do meu suplício. Admite-se que num clube como o nosso, para se comprar um raio de um bilhete para um jogo da Taça contra o Aves, se demora uma hora na fila ??!!!
INADMÍSSIVEL !
Foi por isso que eu não assobiei o Quaresma, pois já não tinha forças. Tinha assobiado tudo nas bilheteiras ... o ciganito teve sorte !
Acabei de ler este artigo, publicado num dos jornais que albergam a conhecida corja.
Mas está interessante:
“Portugal não gosta de futebol
Ao contrário do que muita gente diz por aí, considero que os portugueses não são grandes amantes de futebol. Excepção feita à epopeia do Euro’2004 - onde observámos, de facto, uma alegria colectiva em torno da Selecção - o pessoal cá da terra gosta é do seu clube. E mesmo isso...
Os britânicos, por exemplo, podem dizer que são completamente loucos pelo desporto-rei. Mais do que acompanharem, aos magotes, as suas equipas por todo o Mundo, os descendentes dos inventores da modalidade não perdem uma oportunidade para confirmar essa paixão. Lotam os estádios (independentemente das divisões, do dia ou do horário dos embates), rejeitam trocar a chuva e frio das bancadas pelo quentinho dos seus sofás e têm uma verdadeira relação de fé com este desporto. Se passarem perto de um “pub” e a televisão estiver a transmitir uma partida, os britânicos agem por impulso: entram e sentam-se (admito que, caso o estabelecimento não tenha cerveja, possam reconsiderar...). O nome das equipas e dos jogadores são meros pormenores.
Os portugueses são muito diferentes. A esmagadora maioria prefere seguir as incidências do seu clube à distância. Isso de ir aos estádios é coisa passada. E a culpa não é da má qualidade dos palcos. Portugal tem muitos estádios de fazer inveja a qualquer nação. O elevado preço dos bilhetes, é verdade, contribui para a contínua diminuição do número de espectadores. Mas isso, assim como o facto de praticamente todos os duelos dos grandes merecerem honras de transmissões televisivas, não justifica tudo. O problema é a falta de paixão.
As carreiras decepcionantes de Benfica e Sporting na Liga não ajudam a que os simpatizantes dos dois emblemas optem por assistir, “in loco”, aos jogos, mas tal comportamento confirma, mais uma vez, a tremenda diferença entre lusos e ingleses. O Liverpool, por exemplo, anda há um ror de anos atrás do título inglês. Não o consegue e, pior que isso, tem gasto rios de dinheiro. Mas, o sofrimento causado pela desilusão jamais se transforma em abandono. Os adeptos, fiéis aos seus amores (modalidade e clube), rejeitam virar as costas. Nunca assobiam. Bem pelo contrário.
Bem diferente é o que se vê em torno dos clubes da capital. A ausência de resultados apanha tudo e todos. Na Luz, Vieira até pode ter recuperado a imagem do clube, mas não percebe de futebol; Camacho era um sonho antigo, mas agora não passa de uma segunda versão de Fernando Santos e entre os futebolistas, Luisão já não é assim tão bom, Katsouranis é indisciplinado, Rui Costa está velho, Nuno Gomes não serve nem para uma equipa de segunda linha e Cardozo não vale um centésimo do investimento. Em Alvalade, o cenário é idêntico: Soares Franco é apenas um fraco gestor; Carlos Freitas recebia prémios injustificados; Paulo Bento é excelente... mas para os juniores; Veloso devia apostar em definitivo na moda; Liedson e Stojkovic são uns fala-baratos e Djaló e Pereirinha desprestigiam a tão famosa Academia...
Por cá, imagine-se, até uma parte significativa dos apaniguados do FC Porto – clube que tem o campeonato no bolso, continua na corrida pela Liga dos Campeões e pela Taça de Portugal – resolve assobiar a equipa... quando ganha! Ainda por cima, o alvo preferencial é só o elemento mais tecnicista, o mais espectacular, o que mais vezes aparece nos golos, ora marcando, ora assistindo.
Se mais provas fossem necessárias, os recentes apupos a Quaresma comprovaram que os portugueses, grosso modo, não gostam de futebol. A novidade é que, pelos vistos, já nem do seu clube, nem dos seus elementos fulcrais, gostam. É triste !”
Já agora deixo-vos também com o artigo do Geloso Pateta Santos:
"Pólvoras
Quaresma teve um desabafo e já se sabia que a SAD do FC Porto e o seu presidente não iriam deixar o assunto em “meias tintas”.
Antes disso, porém, face à reacção “desalinhada” de Fernando Póvoas relativamente ao conflito gerado entre o “Trivelas” e os adeptos do FC Porto, classificando-o na base de “actos infelizes”, a SAD dos azuis e brancos emitiu um comunicado, transformando Póvoas em Pólvoras.
Colocados os pontos nos is, para que não haja dúvidas, nem para dentro nem para fora, sobre a diferença entre “bitaites oficiosos” e “posições oficiais”, e face ao ruído provocado naturalmente pelas palavras de Quaresma, a FC Porto-Futebol, SAD, em vez de expor a grandiosidade da instituição a raivinhas e minudências ridículas, resultantes de complexos de inferioridade mal resolvidos por esses “garçons” da sociedade portuguesa, a quem Eça de Queiroz chamava de “entrouxados”, resolveu a coisa num ápice: readquiriu a percentagem do passe detida por um Fundo (9%), ficando com a totalidade dos direitos desportivos do “jongleur” portista, anunciando, simultaneamente, a prorrogação do contrato de Quaresma até 2011.
Previsível: o Departamento de Comunicação dos dragões, através do seu sítio, dá a conhecer, publicamente, a parte essencial do “pot-pourri”. Longe vai o tempo em que as declarações de Quaresma seriam da responsabilidade de um qualquer plumitivo pirraceiro.
O jogador, com a sua idiossincrasia muito singular, precisava, claramente, de miminhos e o FC Porto fez o que tinha de fazer: levou Quaresma a “embarcar” na “teoria da renovação”, sabendo nós que o gesto é mais simbólico do que prático e efectivo, apesar da formalidade legal. Quer dizer: Quaresma continuará a poder realizar o seu sonho; todavia, num enquadramento diferente. A SAD e o jogador estarão de acordo relativamente ao “timing” de saída.
Em vésperas do clássico, em Alvalade, pôr Quaresma a dizer “Amo o FC Porto” é uma “jogada de mestre” e um convite à superação do atleta.
Há quem nunca aprenda e há quem queira repetir certas técnicas que entretanto já caíram em desuso”.
E por hoje, de leituras, é tudo !
Situacionista,
o primeiro texto é muito bom e muito verdadeiro. Já agora, pedia-te para dizeres quem é o artista que escreveu, que te esqueceste.
O segundo diz verdades óbvias e não traz nada de novo. Ainda assim reforço a ideia: sem dúvida jogada de mestre. Não gosto da personagem, acho que fez e faz mal ao país, andou metido em esquemas estranhíssimos do futebol português das décadas de 80 e 90, mas uma coisa há que dar a esse senhor: sabe liderar um clube, sabe de futebol, sabe de gestão desportiva, sabe criar à sua volta um espírito de união e de superação. Nada a dizer.
Quanto à questão das filas de que falas, pensei que fosse só no meu clube. O ano passado, num jogo da Taça, entrei na Luz 20 minutos depois do jogo ter começado, porque só estavam 5 bilheteiras abertas. É inadmissível. Pelo que falei com amigos sportinguistas o mesmo se passa no seu estádio, em jogos da Taça. Não vejo explicação para estas coisas acontecerem, sinceramente. As pessoas deslocam-se ao estádio para ver o seu clube, na Taça ainda por cima muitas vezes contra equipas de escalões secundários, pagam os bilhetes e vêem 70 minutos de futebol, quando não menos? Puta que pariu para estes gajos. Não sei se é culpa da Federação ou dos próprios clubes, mas é mau, e é estranho que seja exclusivamente na Taça. Depois, retomando o primeiro texto, querem que gostemos de futebol. A gente gosta, mas lá que as instituições (fedração, liga, clubes) não ajudam muito a essa paixão, é um facto...
Sintomático!
Defesa coriácea, na senda de outras de Dragão ao peito, feita por guerreiros raçudos e intratáveis, quase intransponíveis.
Se os adversários internos são, na sua maioria, motivo de chacota, lá fora, exceptuando os últimos 10 minutos em Liverpool, a defesa portista não deixou os seus créditos por pés alheios.
Com Bosingwa a caminhar, a passos largos, para se tornar numa referência europeia, Pedro Emanuel, sagaz e experiente, veio complementar na perfeição a juventude e impetuosidade de Bruno Alves. E mesmo no lado esquerdo, teoricamente o calcanhar de Aquiles, pela ausência de um verdadeiro lateral de raiz, as coisas não têm corrido nada mal...
É mais um motivo de orgulho para o clã do Dragão. K continuemos assim, nessa senda...
Abraço,
O seu a seu dono, o texto é de Luis Avelãs.
Ricardo
Quem fez e faz mal ao país foram:
Vale e Azevedo
Fuga aos impostos, trafulhices fiscais, etc. Sem falar no dinheiro que o país gastou com polícias à porta de sua casa ou na temporada que passou às nossas custas numa prisão de luxo.
Manuel Damásio
Um homem pobrezinho que apenas declarava uma ninharia (salário mínimo?)
Luís Filipe Vieira
Negócios escuríssimos (veja o dossier amarelo aqui neste blog).
Também já passou uma temporada às nossas custas no xadrez.
Acha que esse homem faz bem ao país?
Explique lá esses esquemas estranhíssimos dos anos 80 e 90. Olhe que eu já ia ao futebol nessa altura, via jogos na televisão e lia jornais.
Pode dizer o que quiser, que eu sou portista e vejo as coisas com outros olhos, mas nesses tempos eu vi mais coisas muito suspeitas a beneficiarem o Benfica do que o Porto. Aliás tal como agora!
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