sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ainda a jornada europeia

“A eterna dúvida

Sou Dragão há 48 anos! Desculpem-me se vou repetir algo já escrito anteriormente mas, dado a temática ter gerado inúmeros "ataques" e "contra-ataques", não me foi possível ler todas as "jogadas".

Ao nosso Professor Pardal (com carinho) falta-lhe a sorte do Gastão. Tenho o maior apreço por ele mas, como também me zango com os meus filhos e nunca deixarei de gostar deles, não posso deixar de manifestar o meu descontentamento neste fantástico mural azul. Passo, agora, ao discurso directo.

Professor Pardal, reconheço-lhe enorme criatividade mas não acha que já inventou vezes suficientes na Champions para poder retirar as devidas ilações?

Professor, tenho dúvidas:

O Hulk jogou como - Jogador? Espectador? Jogador/Espectador? Espectador/Jogador? Em qualquer dos casos, imperava a necessidade de exibir as mãos nas ancas quando os defesas do Chelsea o circundavam com a bola? Deu-lhe, Professor, instruções para que não corresse muito na primeira parte pois o caminho de regresso afigurava-se longo?

Por outro lado, não entendo a entrada do Falcão, impetuosa, varrendo a frente de ataque toda e o nosso meio campo, numa correria frenética que até lhe podia ter feito mal.

Professor, jogando estes dois jogadores como pontas de lança e engrenado diferentes velocidades e atitudes, não consigo compreender tamanha disparidade de actuações.

Mas sabendo que o Professor é o verdadeiro Capitão da equipa, perguntava-lhe qual a estratégia subjacente a estas demonstrações antagónicas?

Depois, Professor, e para terminar, nem jogamos muito mal, antes pelo contrário. O que me deixa completamente frustrado, mesmo mesmo, é eu nunca saber como de facto poderia ter sido se tivéssemos jogado com a equipa que está a carburar há já algumas jornadas.

Fonix! É sempre a eterna dúvida!”


(comentário do nosso leitor Smiley ao post do Azzulli “Jesualdo: "Na segunda parte fomos melhores e dominámos"”)

7 comentários:

dragao vila pouca disse...

Situacionista disse: "Que bela discussão por aqui continuou.
Parabéns a todos os que nela participaram."

Mas depois apareceu o Smiley e como tem 48 de portismo passou a detentor da verdade. Eu tenho 53 anos de portismo e nunca me considerei tal, e nem quero, a minha opinião vale o que vale.

Smiley disse...

Caro Dragão Vila Pouca, achei simpático da parte do Situacionista o facto de o meu comentário ter sido colocado em forma de "post".
Talvez por isso e porque vou seguindo sempre que posso as emoções que por aqui vão rolando, permita-me que lhe diga, devolvendo a simpatia, que tal facto não acrescenta mais ou menos verdade ao seu teor. Eu encaro-o mais como, ou como mais, um tópico de discussão.
A ausência de qualquer comentário do nosso amigo nesse mesmo "post", apenas revela a sua vontade de não ver o tema esgotado, ainda. Penso que é só. Até à próxima victória!

O Situacionista disse...

Aparte:


Diz o Labaredas,


"Vermelhos, mas não de vergonha

O que é que faz o treinador do Benfica no restaurante de um conhecido barbudo benfiquista, na companhia de dois... jornalistas da RTP? Almoça, naturalmente. E conversa. Mas sobre que temas? O Labaredas suspeita que Jorge Jesus não estará propriamente interessado no jornalismo ou em recordações de um defunto programa dominical, por isso o assunto que os une nesta altura é, indiscutivelmente, outro: o vermelho.

«Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és». Neste caso, o que és. Se Carlos Daniel e Hélder Conduto fossem «apanhados» a almoçar em grande cumplicidade com os técnicos do Paredes e de um clube do interior alentejano ou gritassem, alto e bom som, em pleno local de trabalho, que o clube da sua terra é o maior, não viria mal ao mundo.

Assim, porém, é mais grave e despudorado: Que tipo de imparcialidade pode esperar-se quando, amanhã, coordenarem ou comentarem trabalhos sobre o Benfica e, já agora, sobre algum dos rivais azuis e brancos e verde e brancos?"
(site do FC Porto)


O faccioso do Carlos Daniel é dos tais que nunca enganou.

O Situacionista disse...

Para logo estou muito preocupado.

Vamos defrontrar uma grande equipa, ainda para mais, treinada por aquele que considero um dos melhores treinadores nacionais (e a quem, exceptuando os jogos contra o FC Porto, desejo sempre o melhor).

Notem bem só nestas sábias palavras do Domingos:

"Ambição enorme de continuar líder"

Duas derrotas a abrir a época (contra o Elfsborg) dificilmente fariam prever que à quinta jornada o Braga receberia o FC Porto invicto na liderança. "Habituei-me a nunca deixar de acreditar no meu trabalho. Nunca mudarei a forma de trabalhar em função dos resultados. Sempre disse que poderia fazer melhor e agora digo que ainda podemos melhorar", desmentiu Domingos Paciência.

Ambicioso mas cauteloso, o treinador torneou a questão da liderança. "Fazer melhor do que o ano passado" é o objectivo delineado, mas as quatro vitórias consecutivas criam a ilusão. "Toda a gente sonha", admite, ainda que se recuse a oferecer o topo. "Há uma ambição enorme de continuar a liderar. Queremos aproveitar a confiança e motivação para fazer um grande jogo", vincou, garantindo que o Braga "não mudará em nada a identidade." Por isso, e pese embora o "respeito pelo campeão, que não perde fora há muito e quer recuperar a liderança", Domingos aposta nos avançados para travar Hulk e companhia. É isso mesmo. "Se já falei com a equipa sobre Hulk? Sim. Com o Alan, Mossoró, Paulo César e Meyong. Disse-lhes que se tiverem a bola lá na frente não temos que nos preocupar", surpreendeu, ele que reconheceu que o FC Porto "está muito melhor e consolidado ofensivamente."

Voltando ao assunto liderança, Domingos não deixou de criticar os... críticos. "Sei o que passa pela cabeça dos jogadores, treinadores e opinião pública. Todos estão à espera de ver o que vai ser este Braga. Se calhar não nos dão a atenção que merecíamos. O Manuel Machado disse uma vez que nesta Liga são 13 contra três. Mas falem ou não de nós, isso não nos preocupa", concluiu."

( http://www.ojogo.pt/25-211/artigo822068.asp )


Só um grande FC Porto, e um Jesualdo sem medos, poderão trazer a vitória.

Azzulli disse...

O Luis Freitas Lobo escreve hoje no Expresso algo semelhante ao que eu (entre outros, como o Smiley) defendi.
O FC Porto mudou demais em Chelsea.
O FC Porto foi tentar encaixar-se no jogo do Chelea.
E abdicamos do nosso estilo próprio.

4 frases:

1) “o onze de Jesualdo Fereira nunca conseguiu levar o jogo para o território onde, com astucia e maladragem latina, podia torna-lo diferente. O campo da técnica. É a única forma de combater o maior poder físico”
2) “permitir que a coragem ultrapasse o receio na preparação de um jogo”
3) “em vez de ganhar choques, driblar os choques”
4) “o segredo do futebol está sempre em trazer o jogo para o nosso território, o nosso estilo estético”

O texto:

“Num relvado abraçado 90 minutos pela chuva, a tentação é procurar uma espécie de jogo de espelhos futebolístico. Isto é, tentar jogar na mesma dimensão. A questão física. O FC Porto voltou a deixar-se envolver por esse pensamento. Dar maior robustez ao jogo,
No centro da ideologia, um colombiano para chocar mais, Guarin, e dois alas que faziam do meio campo uma batalha.
Do outro lado um «comboio futebolístico» ganês, Essien. Um golo de Alelka (…) decidiu o jogo que o onze de Jesualdo Fereira nunca conseguiu levar o jogo para o território onde, com astucia e maladragem latina, podia torna-lo diferente. O campo da técnica. É a única forma de combater o maior poder físico.

A superioridade moral com que todo o mundo portista abandonou Chelsea diz muito do que é o tradicional «sentir português» sobre o futebol. A chamada estética da derrota. A 12ª em 14 visitas. Pelo meio só 2 empates míticos em Manchester.

O FC Porto europeu não tem o poder dos gigantes do futebol moderno, mas pode jogar «outro jogo» no plano técnico. Mantendo as maiores equações tácticas que a dimensão internacional exige, mas permitir que a coragem ultrapasse o receio na preparação de um jogo. Porque nesses 90 minutos acontecem sempre golos que não estavam no programa.

[Só 3 clubes dos campeonatos não grandes (Marselha, Ajax e FC Porto) venceram a Champions]. Em nenhum desses triunfos insolentes se pensaram os jogos como espelhos. Com táctica, claro, quase contra-sistemas, mas com a identidade própria como ponto de partida. Mesmo na chuva. Para em vez de ganhar choques, driblar os choques. É muito diferente. Na teoria e na prática.

Em diferentes dimensões, competitivas e atléticas, o segredo do futebol está sempre em trazer o jogo para o nosso território, o nosso estilo estético. “

Mr.Duke disse...

No principio da era Adriaanse jogávamos em 4-3-3, um futebol bonito e cheio de coragem.

O ano passado com a equipa ainda em construção fomos a Londres e trouxemos 4 batatas.

Agora tal como na altura estamos com uma equipa em construção.

Estranho por aqui a ausência de comentários sobre a também ausência dos 2 nossos melhores jogadores nas últimas 4 épocas.

Nem um simples comentário, nem uma simples dissertação sobre o facto, seremos nós assim tão grandes e únicos ao ponto de achar que se substitui os 2 nossos melhores jogadores, as suas rotinas na equipa e tudo quanto significavam em termos futebolísticos de de grupo.

Em suma, Adriaanse cheio de coragem e bom futebol - último lugar do grupo.

Londres sem consciência do que se tinha perdido e que se estava com uma equipa em construção - desgraça na moral, no orgulho, na honra ao ponto daqueles sorrisos do Wenger - sim não esqueço esses sorrisos.

Este ano com a equipa em construção - não percebo porque se ignora este facto, PERDEMOS O LUCHO E O LISANDRO - e fizemos um jogo razoável.

AO estilo do Inter que estando em construção e jogando contra uma equipa feita defendeu.

Parece-me bem citar o exemplo do Inter pois para rebater um Professor da Teoria (Freitas Lobo), nada melhor que contrapor com um Professor Teórico-Prático e com provas dadas até no nosso clube.

Estamos em construção, vamos melhorar, vamos ganhar mas é preciso tempo, paciência e muita humildade.

dragao vila pouca disse...

Eu no sofá sou o maior. Freitas Lobo???!!! O Azenha a comentar na televisão também é muito bom!...

Força Porto!

Um abraço