sexta-feira, 16 de junho de 2006

Baía e a dita selecção


"Não convocar Baía foi uma decisão da federação"
Rui Farinha, Berlim
Ruy Carlos Ostermann é o homem que escreveu a biografia de Luiz Felipe Scolari, logo após a conquista do Campeonato do Mundo pelo Brasil, em 2002. Encontrámo-lo ontem na sala de Imprensa de Berlim, antes do jogo dos canarinhos. Não parece ter 71 anos. É simpático, muito acessível e até perguntou se os portugueses tinham apreciado o seu livro. "Gosto sempre de saber se consegui passar a mensagem que eu e ele desejávamos", afirmou, com um sorriso tipicamente brasileiro, enquanto bebia um café.
Contou muitas histórias sobre a carreira de Scolari no Brasil e em Portugal. Houve uma que despertou imediatamente a curiosidade. "Eu sei que ele não é amado por todos no vosso país. Por exemplo, os adeptos do F. C. Porto começaram a gostar pouco dele a partir do momento em que recusou convocar Vítor Baía. Mas, se calhar, essa não foi uma decisão dele, mas sim da Federação Portuguesa de Futebol. Eu sei que todos os responsáveis da FPF negam isso mas um dia a verdade virá ao de cima", sublinhou.
E acrescentou "Toda a gente sabe do que estou falando. Scolari foi contratado com a missão de efectuar uma grande mudança no futebol português porque o outro Mundial tinha sido um fracasso. E foram-lhe feitas, desde logo, algumas exigências. Havia gente que não era confiável desportivamente. O Ricardo é um óptimo guarda-redes e dá também muitas garantias", recordou, com ar cúmplice, sem tocar mais no nome do guarda-redes do F. C. Porto."
Afinal, digo eu, o Cartelista é um pau mandado...
Afinal, compreendo agora melhor umas declarações do Blatter de há dois meses atrás...
Afinal, o "JB" é um falso santinho...

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