Nada como uma pausa futebolística para se falar de... futebol, nomeadamente de alguns temas que (na minha opinião) merecem uma análise mais pormenorizada face à sua actualidade e face à importância dos seus intervenientes.
1º O Mágico:
Deixo-vos infra um excerto (seleccionado por mim) de uma grande entrevista dada por um grande jogador de seu nome Anderson Luis de Souza, mais conhecido como Deco ou ainda como «o Mágico».
Deco é um jogador que ficará para sempre no imaginário azul e branco. Um jogador sobre o qual se esgotavam os adjectivos sempre que nos presenteava com uma das suas magníficas exibições (e foram felizmente muitas).
Deco era, para além disso, um jogador com uma incrível regularidade exibicional conseguida graças a uma excelente condição física, aliada a uma invulgar (para um número 10) capacidade de recuperação de bolas.
O que fazia com que "O Mágico" conseguisse encantar até muitos dos adeptos que gostavam de tudo menos do FCP.
Dito isto, vamos à entrevista:
Dito isto, vamos à entrevista:
“A passagem pelo FC Porto está presente a cada passo e o coração azul e branco bate com a mesma intensidade, apesar de ser jogador do Barcelona. Os paralelismos entre os dois clubes e as referências a culturas e atitudes diferentes nos dois emblemas surgem naturalmente no discurso de Deco, hoje com uma percepção mais clara das coisas, quando se encontra a disputar a quarta temporada com a camisola "blaugrana". A carreira do FC Porto na Liga dos Campeões é motivo de orgulho para o "Mágico", que espera nunca ter de defrontar os "dragões", para não colocar o seu coração à prova. Sempre cauteloso, no que diz respeito às possibilidades de o FC Porto renovar o título português, Deco acredita que Benfica e Sporting vão ter de melhorar muito e ter paciência para recuperar o atraso.
P: Como antevê a eliminatória do FC Porto contra o Schalke 04, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões?
R: Sinceramente, o FC Porto tem sérias possibilidades. Nem é questão de ser favorito ou não, penso que é claro que é favorito e com o segundo jogo em casa está em vantagem pelo que acredito e desejo que o FC Porto passe aos quartos-de-final.
P: Que lhe parece esta equipa do FC Porto?
R: O FC Porto tem uma equipa jovem e ambiciosa, com jogadores que trabalham muito e que desequilibram. O Quaresma está num momento fantástico, o Lucho é um grande jogador. Tem uma defesa sólida e gente que trabalha muito no meio-campo, portanto estamos a falar de uma equipa forte.
P: É desta que o FC Porto pode voltar à final da Liga dos Campeões?
R: Chegar à final é complicado. Não é simples e depende de muita coisa, mas acredito que se o FC Porto passar esta fase tem todas as condições para chegar à final, como qualquer outra equipa.
P: O FC Porto tem uma vantagem confortável sobre o Benfica e o Sporting (sete e nove pontos, respectivamente). Acredita que o título português está mais fácil de alcançar?
R: Ao contrário do que muita gente pensa, o campeonato português é difícil. O FC Porto tem muito mérito por estar onde está e depois é como eu disse, trata-se de uma equipa muito sólida, que não vai perder muitos pontos e não será fácil ao Benfica e ao Sporting recuperarem. Essa vantagem pode dar muita tranquilidade e conhecendo o FC Porto como eu conheço vai ser difícil ceder muito terreno.
P: Vai ser mais fácil para o FC Porto gerir a sua participação na Liga dos Campeões tendo esta vantagem no campeonato?
R: Sem dúvida que sim. Tendo essa vantagem na Liga e a tranquilidade para gerir os jogadores e a equipa, ajuda muito. As hipóteses do FC Porto fazer um bom percurso na Liga dos Campeões aumentam muito.
P: Como seria um Barcelona-FC Porto para o Deco?
R: Complicado. Nunca defrontei o FC Porto desde que deixei o clube. Seria uma sensação diferente, mas nem sei o que iria sentir. Claro que é da praxe, teria que defender as cores do Barcelona, é natural. Mas seria sempre um jogo especial e se fosse um jogo decisivo, pior ainda.
P: Quer dizer que não deseja defrontar o FC Porto?
R: Não, se possível nunca jogar contra o FC Porto, porque seria muito difícil para o meu coração.
P: Os conflitos internos do Barcelona, designadamente aquilo que aconteceu depois das declarações do Edmilson, que se referiu a alguns jogadores do clube como "ovelhas negras", estão ultrapassados?
R: Eu venho de uma cultura que me deixa chocado com algumas coisas que acontecem aqui e com as quais eu não concordo. No FC Porto eu aprendi que o balneário é sagrado e dificilmente se sabia do que se passava ou falava lá dentro. Dificilmente se via um jogador sair do balneário e falar sem mais nem menos, ou expor uma opinião sem que fosse primeiro discutida no balneário. Isso marcou muito a forma como eu penso. Aqui não é tanto assim e é evidente que não concordo com algumas coisas, mas respeito porque cada lugar tem a sua cultura. Mas como estava habituado a viver de outra forma num outro balneário, é natural que quando acontecem coisas com as quais não concorde também reaja de outra forma.
P: Há alguns dias o Luís Enrique disse que preferia ter uma equipa com cinco Decos e seis Puyols…
R: Só posso dizer que fico feliz por ouvir isso, porque o Luís Enrique foi um jogador histórico neste clube, um ganhador nato. Os elogios são sempre bons, quando vêm de pessoas credíveis como ele. Mas sempre senti a responsabilidade de fazer as coisas bem. Gosto de ganhar e de desafios, isso sempre foram características minhas, que talvez venham do facto de ter jogado no FC Porto e de ter vivido tantos anos ali. Isso ajudou-me a criar a minha forma de pensar. Gosto de jogar bem e fazer coisas bonitas, mas acima de tudo gosto de vencer.
P: O Barcelona fez bem em abrir mão do Quaresma? Foi bom para o crescimento dele ter saído?
R: Ter ido para o FC Porto foi a melhor coisa que podia ter acontecido na vida dele. Recordo-me que falámos muito disso na altura e ele chegou à conclusão de que ir para o FC Porto seria bom. Mas acho que apanhou o Barcelona numa fase transitória. Não tiveram a paciência necessária com ele. Aliás, é muito difícil, porque por mais jovem que alguém seja quando vem para aqui, de certa forma tem a mesma exigência dos jogadores que vêm de fora. Com os daqui eles esperam, têm paciência, porque esses não são cobrados como os que são contratados - o que, no fundo, é natural. O Quaresma teve esse azar, como talvez o Simão teve na altura. Mas o Quaresma ainda mais porque não teve tempo de mostrar o seu potencial. Mas acho que para a carreira dele foi importante ir para o FC Porto.
P: O Barcelona era um sonho para si…
R: Sim, um sonho realizado. Cheguei aqui e triunfei. Não passei pelo Barcelona - acho que marquei o clube e a sua história. Vou na quarta temporada e tem sido fantástico, mas se não conquistarmos nada este ano e as coisas não correrem bem, vou querer ir embora.
P: Quer ir à procura de outro desafio, de outro sonho?
R: Não penso ainda nisso, porque espero que as coisas corram bem no Barcelona. Mas não tenho outro sonho. Tenho a sorte de, na minha carreira, ter jogado em dois grandes clubes e ter feito história nesses dois clubes. Há jogadores que passaram por cinco ou seis e nunca marcaram coisa nenhuma. Eu tive a sorte de ter estado no FC Porto, onde aprendi tudo o que sei na minha vida a todos os níveis. Foi o clube que me deu tudo. Depois cheguei ao Barcelona, que era o sonho, o clube que eu desejava e onde consegui triunfar e vencer grandes troféus e deixar a minha marca. Nesta altura dizer que ainda tenho um sonho… o de conquistar um campeonato da Europa com a Selecção ou um campeonato do Mundo, claro. Em termos de clube não vejo nada mais que possa desejar. Conquistei tudo o que havia para conquistar."
P: Como antevê a eliminatória do FC Porto contra o Schalke 04, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões?
R: Sinceramente, o FC Porto tem sérias possibilidades. Nem é questão de ser favorito ou não, penso que é claro que é favorito e com o segundo jogo em casa está em vantagem pelo que acredito e desejo que o FC Porto passe aos quartos-de-final.
P: Que lhe parece esta equipa do FC Porto?
R: O FC Porto tem uma equipa jovem e ambiciosa, com jogadores que trabalham muito e que desequilibram. O Quaresma está num momento fantástico, o Lucho é um grande jogador. Tem uma defesa sólida e gente que trabalha muito no meio-campo, portanto estamos a falar de uma equipa forte.
P: É desta que o FC Porto pode voltar à final da Liga dos Campeões?
R: Chegar à final é complicado. Não é simples e depende de muita coisa, mas acredito que se o FC Porto passar esta fase tem todas as condições para chegar à final, como qualquer outra equipa.
P: O FC Porto tem uma vantagem confortável sobre o Benfica e o Sporting (sete e nove pontos, respectivamente). Acredita que o título português está mais fácil de alcançar?
R: Ao contrário do que muita gente pensa, o campeonato português é difícil. O FC Porto tem muito mérito por estar onde está e depois é como eu disse, trata-se de uma equipa muito sólida, que não vai perder muitos pontos e não será fácil ao Benfica e ao Sporting recuperarem. Essa vantagem pode dar muita tranquilidade e conhecendo o FC Porto como eu conheço vai ser difícil ceder muito terreno.
P: Vai ser mais fácil para o FC Porto gerir a sua participação na Liga dos Campeões tendo esta vantagem no campeonato?
R: Sem dúvida que sim. Tendo essa vantagem na Liga e a tranquilidade para gerir os jogadores e a equipa, ajuda muito. As hipóteses do FC Porto fazer um bom percurso na Liga dos Campeões aumentam muito.
P: Como seria um Barcelona-FC Porto para o Deco?
R: Complicado. Nunca defrontei o FC Porto desde que deixei o clube. Seria uma sensação diferente, mas nem sei o que iria sentir. Claro que é da praxe, teria que defender as cores do Barcelona, é natural. Mas seria sempre um jogo especial e se fosse um jogo decisivo, pior ainda.
P: Quer dizer que não deseja defrontar o FC Porto?
R: Não, se possível nunca jogar contra o FC Porto, porque seria muito difícil para o meu coração.
P: Os conflitos internos do Barcelona, designadamente aquilo que aconteceu depois das declarações do Edmilson, que se referiu a alguns jogadores do clube como "ovelhas negras", estão ultrapassados?
R: Eu venho de uma cultura que me deixa chocado com algumas coisas que acontecem aqui e com as quais eu não concordo. No FC Porto eu aprendi que o balneário é sagrado e dificilmente se sabia do que se passava ou falava lá dentro. Dificilmente se via um jogador sair do balneário e falar sem mais nem menos, ou expor uma opinião sem que fosse primeiro discutida no balneário. Isso marcou muito a forma como eu penso. Aqui não é tanto assim e é evidente que não concordo com algumas coisas, mas respeito porque cada lugar tem a sua cultura. Mas como estava habituado a viver de outra forma num outro balneário, é natural que quando acontecem coisas com as quais não concorde também reaja de outra forma.
P: Há alguns dias o Luís Enrique disse que preferia ter uma equipa com cinco Decos e seis Puyols…
R: Só posso dizer que fico feliz por ouvir isso, porque o Luís Enrique foi um jogador histórico neste clube, um ganhador nato. Os elogios são sempre bons, quando vêm de pessoas credíveis como ele. Mas sempre senti a responsabilidade de fazer as coisas bem. Gosto de ganhar e de desafios, isso sempre foram características minhas, que talvez venham do facto de ter jogado no FC Porto e de ter vivido tantos anos ali. Isso ajudou-me a criar a minha forma de pensar. Gosto de jogar bem e fazer coisas bonitas, mas acima de tudo gosto de vencer.
P: O Barcelona fez bem em abrir mão do Quaresma? Foi bom para o crescimento dele ter saído?
R: Ter ido para o FC Porto foi a melhor coisa que podia ter acontecido na vida dele. Recordo-me que falámos muito disso na altura e ele chegou à conclusão de que ir para o FC Porto seria bom. Mas acho que apanhou o Barcelona numa fase transitória. Não tiveram a paciência necessária com ele. Aliás, é muito difícil, porque por mais jovem que alguém seja quando vem para aqui, de certa forma tem a mesma exigência dos jogadores que vêm de fora. Com os daqui eles esperam, têm paciência, porque esses não são cobrados como os que são contratados - o que, no fundo, é natural. O Quaresma teve esse azar, como talvez o Simão teve na altura. Mas o Quaresma ainda mais porque não teve tempo de mostrar o seu potencial. Mas acho que para a carreira dele foi importante ir para o FC Porto.
P: O Barcelona era um sonho para si…
R: Sim, um sonho realizado. Cheguei aqui e triunfei. Não passei pelo Barcelona - acho que marquei o clube e a sua história. Vou na quarta temporada e tem sido fantástico, mas se não conquistarmos nada este ano e as coisas não correrem bem, vou querer ir embora.
P: Quer ir à procura de outro desafio, de outro sonho?
R: Não penso ainda nisso, porque espero que as coisas corram bem no Barcelona. Mas não tenho outro sonho. Tenho a sorte de, na minha carreira, ter jogado em dois grandes clubes e ter feito história nesses dois clubes. Há jogadores que passaram por cinco ou seis e nunca marcaram coisa nenhuma. Eu tive a sorte de ter estado no FC Porto, onde aprendi tudo o que sei na minha vida a todos os níveis. Foi o clube que me deu tudo. Depois cheguei ao Barcelona, que era o sonho, o clube que eu desejava e onde consegui triunfar e vencer grandes troféus e deixar a minha marca. Nesta altura dizer que ainda tenho um sonho… o de conquistar um campeonato da Europa com a Selecção ou um campeonato do Mundo, claro. Em termos de clube não vejo nada mais que possa desejar. Conquistei tudo o que havia para conquistar."
E é por estas e por outras que quando um qualquer clube pretende contratar um qualquer jogador do FCP, nós dizemos que ele vale X milhões de euros mais... o Deco!!!
Numa entrevista ao site da FIFA, o nosso 99, o eterno Vítor Baía, fez um resumo da sua impressionante carreira, colocando as quatro operações ao joelho e o afastamento da equipa nacional de futebol «sem qualquer explicação», como os momentos mais amargos que viveu.
Aqui fica um excerto (seleccionado por mim) da entrevista dada por Vítor Baía, jogador que é a imagem de marca de um clube habituado a ganhar e que quer ganhar sempre mais.
A tradução é da minha autoria e agradeço, desde já, a vossa compreensão para qualquer erro cometido:
Aqui fica um excerto (seleccionado por mim) da entrevista dada por Vítor Baía, jogador que é a imagem de marca de um clube habituado a ganhar e que quer ganhar sempre mais.
A tradução é da minha autoria e agradeço, desde já, a vossa compreensão para qualquer erro cometido:
"P: Vítor Baía, seis meses depois ter posto fim à sua carreira profissional, você sente saudades?
R: Para ser sincero, eu pensei que sentiria muito mais. Terminei a minha carreira ciente do passo que ia dar e com o conhecimento que uma nova era estava a começar na minha vida. Mas no dia em que os meus antigos começaram a pré-época de 2007/08, eu tremi um pouco ao pensar: Chegou mesmo ao fim.
P: Olhando de perto para a sua carreira como guarda-redes, você provou o sucesso em muitas ocasiões.
R: Não quero vangloriar-me, mas foi uma carreira verdadeiramente brilhante: Ganhei quase tudo que poderia ter ganho e aqueles títulos irão perpetuar o meu nome através dos tempos. Não é todos os dias que um jogador ganha a Liga dos Campeões, a Taça Uefa, a Taça das Taças e a Taça Intercontinental, entre muitos outros títulos nacionais.
P: Qual daqueles títulos o fez mais feliz?
R: Emocionalmente, e devido ao facto de jogar pelo clube do meu coração, foi a Taça Uefa em 2003. Foi o meu primeiro título internacional com o FC Porto e aconteceu após um extraordinário encontro contra o Celtic, decidido no prolongamento (3-2). Fiquei louco de alegria. No ano seguinte ganhamos a Liga dos Campeões, algo que é o sonho de cada jogador, mas, na altura, já éramos uma equipe vencedora e aquela final foi muito mais fácil (uma vitória 3-0 contra o Mónaco).
P: Quais foram os momentos mais importantes da sua carreira fora das balizas?
R: Assinar pelo Barcelona foi muito importante, porque deu-me um estatuto a nível internacional. Além desse, eu nunca irei esquecer o dia em que regressei ao FC Porto, um momento incrível: as ruas estavam completamente cheias de pessoas que me queriam ver chegar, fui levado em ombros e o estádio esgotou para a minha segunda estreia pelo clube.
P: Como na vida, o futebol também tem os seus dias maus e você experimentou alguns problemas.
R: Eu fiz quatro operações aos meus joelhos que me obrigaram a uma paragem por dois anos. Cheguei a pensar que a minha carreira tinha chegado ao fim, mas fui capaz de recuperar e esse período fez-me olhar para as coisas por uma perspectiva diferente.
Para além disso, sinto-me triste quando penso na forma como terminou a minha carreira de internacional.
R: Para ser sincero, eu pensei que sentiria muito mais. Terminei a minha carreira ciente do passo que ia dar e com o conhecimento que uma nova era estava a começar na minha vida. Mas no dia em que os meus antigos começaram a pré-época de 2007/08, eu tremi um pouco ao pensar: Chegou mesmo ao fim.
P: Olhando de perto para a sua carreira como guarda-redes, você provou o sucesso em muitas ocasiões.
R: Não quero vangloriar-me, mas foi uma carreira verdadeiramente brilhante: Ganhei quase tudo que poderia ter ganho e aqueles títulos irão perpetuar o meu nome através dos tempos. Não é todos os dias que um jogador ganha a Liga dos Campeões, a Taça Uefa, a Taça das Taças e a Taça Intercontinental, entre muitos outros títulos nacionais.
P: Qual daqueles títulos o fez mais feliz?
R: Emocionalmente, e devido ao facto de jogar pelo clube do meu coração, foi a Taça Uefa em 2003. Foi o meu primeiro título internacional com o FC Porto e aconteceu após um extraordinário encontro contra o Celtic, decidido no prolongamento (3-2). Fiquei louco de alegria. No ano seguinte ganhamos a Liga dos Campeões, algo que é o sonho de cada jogador, mas, na altura, já éramos uma equipe vencedora e aquela final foi muito mais fácil (uma vitória 3-0 contra o Mónaco).
P: Quais foram os momentos mais importantes da sua carreira fora das balizas?
R: Assinar pelo Barcelona foi muito importante, porque deu-me um estatuto a nível internacional. Além desse, eu nunca irei esquecer o dia em que regressei ao FC Porto, um momento incrível: as ruas estavam completamente cheias de pessoas que me queriam ver chegar, fui levado em ombros e o estádio esgotou para a minha segunda estreia pelo clube.
P: Como na vida, o futebol também tem os seus dias maus e você experimentou alguns problemas.
R: Eu fiz quatro operações aos meus joelhos que me obrigaram a uma paragem por dois anos. Cheguei a pensar que a minha carreira tinha chegado ao fim, mas fui capaz de recuperar e esse período fez-me olhar para as coisas por uma perspectiva diferente.
Para além disso, sinto-me triste quando penso na forma como terminou a minha carreira de internacional.
Fiz 80 jogos por Portugal, mas após o Mundial de 2002 fui afastado das equipas do Sr. Scolari sem qualquer explicação. Foi algo de estranho até porque fui considerado o melhor guarda-redes da Europa na época de 2003/2004 e uns dias antes de serem anunciados os convocados para o Europeu de 2004 eu conquistei o Campeonato Português e a Liga dos Campeões e mesmo assim não fui convocado.
Na minha opinião, nenhum país pode dar-se ao luxo de não chamar o melhor guarda-redes da europa, mas isso aconteceu-me.
Na minha opinião, nenhum país pode dar-se ao luxo de não chamar o melhor guarda-redes da europa, mas isso aconteceu-me.
Olhando para trás, acredito realmente que a Selecção perdeu mais do que eu, mas ainda assim fiquei bastante desiludido por não poder jogar o Europeu disputado no meu país.
.
Vítor Baía dixit.
O afastamento de Baía da selecção portuguesa foi suspeito, manhoso, de muita má fé e, acima de tudo, ingrato. E só daqui a alguns anos (após as saídas de Scolari e de Madaíl) é que será verdadeiramente explicado.
Mas o que é certo é que a explicação “oficial” (opção técnica) nunca convenceu nem convencerá qualquer um que tenha meio palmo de testa e mais do que 2 neurónios.
Para mim, Vítor Baía, para além de ser o melhor guarda-redes português de todos os tempos, era o guarda-redes em melhor forma e a melhor opção para a selecção portuguesa.
É certo que ninguém pode discutir o facto de que Scolari tinha legitimidade para chamar quem bem entendesse à selecção e temos, igualmente, que admitir e respeitar a opinião de quem defende que Vítor Baía não deveria ser o titular da selecção durante o Euro 2004.
O afastamento de Baía da selecção portuguesa foi suspeito, manhoso, de muita má fé e, acima de tudo, ingrato. E só daqui a alguns anos (após as saídas de Scolari e de Madaíl) é que será verdadeiramente explicado.
Mas o que é certo é que a explicação “oficial” (opção técnica) nunca convenceu nem convencerá qualquer um que tenha meio palmo de testa e mais do que 2 neurónios.
Para mim, Vítor Baía, para além de ser o melhor guarda-redes português de todos os tempos, era o guarda-redes em melhor forma e a melhor opção para a selecção portuguesa.
É certo que ninguém pode discutir o facto de que Scolari tinha legitimidade para chamar quem bem entendesse à selecção e temos, igualmente, que admitir e respeitar a opinião de quem defende que Vítor Baía não deveria ser o titular da selecção durante o Euro 2004.
.
No entanto, considerar que ele não deveria ser um dos 3 guarda-redes convocados é, no mínimo, ridículo para um treinador experiente e conhecedor do fenómeno futebolístico.
Pior, ao não ser dada qualquer explicação para a ausência de Baía apenas se contribuiu para transformar a sua ausência num "fantasma" que sempre pairou (e ainda paira) sobre a selecção, Scolari e Ricardo.
E não venham os antiportistas primários afirmar que se Scolari entendeu ser o Ricardo a melhor opção não poderia convocar Baía, sob pena deste poder causar instabilidade na selecção.
Basta atentar na postura de Baía, aquando da titularidade de Helton no FCP, para se perceber da grandeza de carácter deste jogador.
É óbvio, portanto, que se Baía não foi convocado tal não se deve a qualquer opção técnica, já que Scolari nada poderia apontar a um jogador que nunca orientou directamente, mas sim a outras “razões” que por aí ventilam...
Hoje em dia, a vítima desta “opção técnica” já não se chama Baía, mas chama-se Quim. Ou ainda haverá alguém que duvide que é este, actualmente, o guarda-redes português em melhor forma. Se calhar na sua melhor forma de sempre.
.
3º Balanço:
Como já alguém o afirmou neste blog, ter 7 pontos de vantagem para o 2º classificado (tendo já disputado o jogo no estádio do mesmo) e estar apurado para os oitavos da Liga dos Campeões é muito bom.
MAS AINDA NÃO GANHAMOS NADA!!! (Certo, Situacionista? Certo!!!)
Como já alguém o afirmou neste blog, ter 7 pontos de vantagem para o 2º classificado (tendo já disputado o jogo no estádio do mesmo) e estar apurado para os oitavos da Liga dos Campeões é muito bom.
MAS AINDA NÃO GANHAMOS NADA!!! (Certo, Situacionista? Certo!!!)
Pelos jogos já disputados até à data, parece-me que podemos retirar algumas conclusões:
1ª A nossa equipa parece que “relaxa” quando tem uma vantagem confortável;
2ª A nossa equipa não falha quando joga sob pressão e quando é preciso ganhar;
3ª Existem jogadores que mesmo jogando não rendem (Postiga é infelizmente o maior exemplo) ou que não jogam porque não rendem (aqui coloco o Farias como ponta de lança);
4ª Precisamos de um ou dois reforços de qualidade;
Compete ao JF resolver o problema relativo à primeira conclusão.
A segunda permite-me afirmar, com grande margem de segurança, que iremos ganhar o próximo jogo.
Quanto à terceira, penso que os nomes mais falados para possíveis dispensas (a título definitivo ou por empréstimo) serão os seguintes: Lino, L. Lima, H. Postiga, Farias ou Edgar. Destes, eu optaria por dispensar definitivamente o Lino e emprestar o L. Lima e o Edgar. Quanto ao H. Postiga e ao Farias continuava a lutar por eles. Mas isso sou eu a falar…
Quanto a reforços (quarta conclusão) acho que necessitamos de uma alternativa válida para o lugar do Lucho (continuo a insistir no Tiago) e para a eventualidade dos ditos H. Postiga e Farias não renderem e o Adriano não fazer uma 2ª volta à sua maneira, precisamos de um ponta de lança de qualidade.
.
Um grande abraço a todos e um forte POOOOORTOOOOO!!!
15 comentários:
1) Ganda Post!
2) A primeira parte da época foi muito boa, mas de nada vale se não continuarmos no mesmo ritmo.
3) Reforços: não concordo com o Penta no que diz respeito ao ponta de lança. Acho que precisamos é de um extremo, não só para as ausências do RQ, como o Tarik que pode estar um mês na CAN, tanto mais que não acredito ainda no Mariano do Sitaucionista:
Meu caro Fanático,
Concluo pelas tuas palavras que não colocas qualquer objecção à vinda do Tiago.
Quanto à necessidade de um ponta de lança, tenho que insistir na minha posição.
Se reparares o único que, neste momento, temos com qualidade (pela garra, futebol produzido e eficácia) é o Lisandro. E se ele se lesiona? E se ele baixa de produção? E se o seleccionador argentino deixa de ser nosso amigo e o convoca?
Seria uma autêntica desgraça, face à actual ausência de alternativas.
O Postiga não está a render não obstante as oportunidades que já lhe foram dadas. O Adriano ainda não apareceu. O Edgar e o Farías não têm sido sequer opções.
Insisto. Perante o actual cenário precisamos de um ponta de lança de qualidade.
Mas não sou insensível aos teus argumentos. Por isso, e para não nos chatearmos, venha lá um extremo.
Ou isso ou que o Tarik não demore muito (alguém sabe onde se pode fazer promessas a favor de eliminações precoces) ou ainda que o Mariano se lembre de começar a render.
Um abraço.
Com o deslocamento do Lisandro para PDL, com a saida do Tarik, e com a pouquissima produção do Mariano, TEMOS de contratar um extremo.
Com a absoluta nulidade de todos os nossos PDL, e tendo só o Lisandro, TEMOS de contratar um PDL.
E emprestava o HP, Adriano e o Edgar.
Aliás, sorteava o HP como prenda de dia de Reis, e dava-o!
Caro Penta e Azzulli:
a) quanto ao Tiago, era já seguir, como já defendi neste blogue;
b) quanto ao ponta de lança estou convencido de duas coisas:
-uma, o Postiga e o Adriano ainda estão muito a tempo de aparecer. Aliás, não se esqueçam que representaram cerca de 70% dos golos marcados pelo FCP na época passada e tendo sido os seus melhores marcadores;
- outra, não encontram no mercado a preço condizente pdl que consiga melhor do que possam esperar daqueles, salvo se tiverem descoberto a árvore das patacas, ou se defenderem que compram avançados para a próxima época e não para serem titulares!!!!
Ou sejam, salvo o devido respeito, sejam realistas e espero bem que vos veja, rapidamente, com outdoors no Dragão, à semelhança das promessas de certos e determinados indivíduos...
Hoje o Prof. disse isto:
"(...) o FC Porto não está a pensar fazer contratações este mês tanto mais "que não faz sentido
trazer jogadores que não sejam para discutir palmo a palmo o seu lugar".
O técnico reconheceu que o FC Porto está atento ao mercado e as contratações só surgem quando se trata de casos excepcionais porque a estratégia está definida.
"A estratégia é manter o mais possível a equipa. O caso do Lucho e o facto de o FC Porto ter resistido a propostas pelos seus melhores valores reflecte bem essa ideia", sustentou."
Em termos gerais estou, basicamente, em sintonia com o Prof..
Penso que o essemcial, aliás como já pensava na pré-época, é a manutenção dos jogadores.
Se aparecer um bom negócio...
(o Tiago seria espectacular...mas não acredito que a Juve ande a dormir !)
Sou totalmente contra a deslocação do Lisandro para a direita.
E não é por pensar que o Mariano é um grande jogador (como penso).
É porque o Lisandro é o nosso melhor ponta de lança. De longe. Pelo menos, actualmente.
E depois ainda temos o Adriano, o Farias e o Postiga.
P.s. - Para a próxima época comprava já um defesa central, um defesa direito (o do Setúbal, que creio se chama Jacinto) e um defesa esquerdo.
Não percebo.
Acham fantástico o Tiago para o Lugar do Lucho, mas não acham bem a contratação de um PDL para o lugar do Lisandro...
Também temos o LLima, o Castro e o Mariano para fazer de Lucho.
Esses não servem, mas já as nulidades Adriano, HP, Edgar e Farias servem.
Mantenho que temos de comprar um PDL e emprestar um ou dois dos que temos.
Para tentarmos uma revelação, e para agitar os que ficarem.
Quanto ao preço, e atendendo à produção dos pdl que temos, podemos ir aos distritais buscar um qualquer que fará certamente melhor...
:-)
Caro Azzulli:
Nesses dos Distritais não estás a pensar no Jorginho, não? Na tua perspectiva, seria o ideal para o lugar do Lucho ?!!!! Sempre melhor do que qualquer uma desssas hipóteses que sugeres para aquele lugar específico de nº 8.
Pega lá esta!!!Embrulha!!!
Porra, não é Jacinto.
É Janício !
Já agora, as entrevistas que o Penta menciona são excelentes !
Fanatico,
O que digo é que para substituir um pdl que não faz golos não é preciso ter uma árvore das patacas, como tu dizes. Um qualquer dos distritais, que marque, serve.
E quanto ao Jorginho, qualquer distrital está ao nivel dele.
Ora bem.
Vou começar pelo que diz o Fanático.
Se o Postiga e o Adriano aparecerem concordo contigo.
Mas será que nos podemos dar ao luxo de ficarmos à espera dessa (eventual) melhoria? E entretanto contarmos apenas com o Lisandro?
Não estou muito disposto a ficar com o "coração na mão" sempre que o Lixa sofrer uma falta.
Quanto a encontrar PDL a preço razoável e com qualidade já demonstrada no futebol português, concordo com o Azzulli, não é preciso ir à procura da "árvore das patacas".
Basta pensarmos no Linz e no Makukula (só não sei se este está emprestado ao marítimo). Eu prefiro o Linz.
Quanto ao que diz o Situacionista, parece-me deduzir das suas palavras ("E depois ainda temos o Adriano, o Farias e o Postiga") que também está contra a aquisição de um PDL de qualidade.
Pois bem, meu caro, e conforme já tive oportunidade de dizer, infelizmente neste momento esses avançados (Adriano, o Farias e o Postiga) SÓ EXISTEM DE NOME!!!
Não quero com isto dizer que não conto com eles ou que não fico feliz se começarem a marcar golos atrás de golos. Tomara eu que o façam!!!
Mas temos que tomar decisões com base em factos concretos. E, neste momento, não temos ninguém à altura para substituir o Lisandro.
Por isso, tenho que insistir na minha ideia (e penso que conto com o apoio do Azzulli):
Uma equipa de topo, que quer manter a liderança do campeonato e disputar os oitavos da Liga dos Campeões não pode contar apenas com um avançado de qualidade (Lixa) e esperar que (eventualmente) os restantes subam de forma.
Repito o que afirmei num comentário supra: "...o único que, neste momento, temos com qualidade (pela garra, futebol produzido e eficácia) é o Lisandro. E se ele se lesiona? E se ele baixa de produção? E se o seleccionador argentino deixa de ser nosso amigo e o convoca?
Seria uma autêntica desgraça, face à actual ausência de alternativas.
O Postiga não está a render não obstante as oportunidades que já lhe foram dadas. O Adriano ainda não apareceu. O Edgar e o Farías não têm sido sequer opções."
Estamos numa fase em que não podem ser cometidos erros nem se pode actuar com base em meras probabilidades.
Volto a repetir: L I N Z !!!
Bom e barato. É só preciso convencer o Braga. Mas penso que temos suficiente moeda de troca (euros + jogadores por empréstimo) para os convencer.
Um abraço.
Se for o Linz, repito, se for o Linz, conta com o meu apoio !
Embora pense que tal só será possível se conseguirmos vender o Postiga. E por um preço aceitável. O que não deve ser fácil.
Convirá também não esquecer que o Adriano costuma "deshibernar" nesta altura.
E que até o Postiga costuma ter uma volta melhor que a outra. Como a que está prestes a acabar foi miserável...
P.s. - Espero bem que o seleccionador argentino mantenha a coerência...
É isso Penta!
Venha lá o Linz!
Em relação ao Postiga, sonho todos os dias em ver um "lorpa" a levá-lo a custo zero (livrarmo-nos daquele salário já era um negócio quase tão bom como a venda do Lucas Mareque!)
Dos pdl que jogam em Portugal, não me importava de ter o Cardozo, o Liedson ou o Linz.
Mas não era má ideia fazer regressar o Renteria e o Ibson!
Só queria dizer o seguinte:
Mais 2 golos de L I N Z !!!
Temos que agir rapidamente!!! Eu disse que ele era bom e barato, mas a marcar assim vai continuar bom mas vai ficar cada vez menos barato!!!
Um abraço.
P.S.: Contra a Naval ganhar, ganhar!!! POOOOORTOOOOO!!!
Bom dia.
A propósito do que tenho lido aqui, gostaria de lembrar que o Linz já jogou pelo Braga na UEFA, pelo que não poderia jogar na CL. Daí não me parecer uma compra muito viável...
Quanto às aquisições, parece-me mais importante o reforço do meio campo do que a linha avançada, e explico: não estou a ver qual o PDL que possa fazer a diferença, e ser melhor do que Adriano ou Postiga, pelo menos no muito curto prazo, que é do que falamos. A ser assim, porque não manter os que temos? Já o meio campo ofensivo, o que já temos parece-me (muito) pouco, pelo que sou da opinião que, aqui sim, deveríamos agir. E, ao contrário do que diz o Azzuli, considero Adriano e Postiga opções, mas não considero (nem o Jesualdo...) Castro, LLima, ou até Mariano, opções para o meio campo.
Saudações.
Enviar um comentário