Intitulo este post com o nome de um vermelho cujos artigos me habituei a apreciar pela sua ponderação, bom senso e equilíbrio.
Ao ler o artigo dele, hoje, no jornal do histérico vermelho João Marcelino, não pude deixar de concordar inteiramente.
Reza assim:
“Ela, Carolina
Os ingleses chamam a este género ‘kiss and tell’. Beijar e contar. Um género que não obriga a boa escrita, só a fraco carácter.
A expressão é dos ingleses, porque por lá há demasiados canalhitas que a ilustram: ‘Kiss and tell’. Beijar e dizer. Histórias de amantes, que deveriam ser só assim, pertença de dois – e se assim fosse, a expressão ficava-se pelo ‘kiss’, beijar.
Mas porque o amor é volátil, uma das duas partes do casal é abandonada, torna-se ressabiada e passa à fase seguinte, ‘tell’, põe a boca no trombone.
Aquele oficial tão pouco cavalheiro que foi amante da princesa Diana e tudo contou para os jornais é do género. E, como prova de que a igualdade de sexos não se fica pelas coisas recomendáveis, o recente livro de Carolina Salgado, ex-mulher de Pinto da Costa, é do género, também. O livro ‘Eu, Carolina’ é, em metade das páginas, ‘kiss’, e, na outra metade, ‘tell’. No conjunto das páginas, é lamentável. E não é crítica literária que faço. É crónica de costumes.
Carolina Salgado dedica o livro aos seus pais, aos seus filhos e a alguns amigos. E a última dedicatória é assim: “E, por fim, a Jorge Nuno [Pinto a Costa], por tudo o que me ensinou. Sem ele este livro nunca teria sido possível.” Ficam prevenidos os pais, os filhos e os citados amigos ao serem colocados nesse rol. Já sabem que Carolina Salgado com uma mão dedica e com outra crava um punhal nas costas.
O livro faz rejubilar muita gente. Pinto da Costa é odiado (por vezes, por legítimas razões) por muitos e é costume que tudo de mau que aconteça aos nossos inimigos seja bom. Mesmo se uma pulhice os ataca, é bom. Eu, porém, não acho isso. Não embarco no “ele estava a pedi-las”. Não aplaudo o livro de Carolina Salgado contra o seu ex-marido. Desde logo, as acusações que ela lhe faz são de boca. E eu continuo a ser dos que não acham que, na Justiça, a palavra de um (que acusa) vale a palavra de outro (que nega). Quem acusa tem de provar – a sua palavra vale menos e só inverte essa relação quando se faz acompanhar de provas.
No livro, Carolina Salgado só diz coisas pela boca fora. Por mais que achemos que o que ela maldiz dele confirma aquilo que nós suspeitamos, isso não passa disso, de achismo. Os tribunais dirão o envolvimento de Pinto da Costa no caso Apito Dourado ou no caso da agressão ao vereador Ricardo Bexiga. Os tribunais, não Carolina Salgado.
Ao ler o artigo dele, hoje, no jornal do histérico vermelho João Marcelino, não pude deixar de concordar inteiramente.
Reza assim:
“Ela, Carolina
Os ingleses chamam a este género ‘kiss and tell’. Beijar e contar. Um género que não obriga a boa escrita, só a fraco carácter.
A expressão é dos ingleses, porque por lá há demasiados canalhitas que a ilustram: ‘Kiss and tell’. Beijar e dizer. Histórias de amantes, que deveriam ser só assim, pertença de dois – e se assim fosse, a expressão ficava-se pelo ‘kiss’, beijar.
Mas porque o amor é volátil, uma das duas partes do casal é abandonada, torna-se ressabiada e passa à fase seguinte, ‘tell’, põe a boca no trombone.
Aquele oficial tão pouco cavalheiro que foi amante da princesa Diana e tudo contou para os jornais é do género. E, como prova de que a igualdade de sexos não se fica pelas coisas recomendáveis, o recente livro de Carolina Salgado, ex-mulher de Pinto da Costa, é do género, também. O livro ‘Eu, Carolina’ é, em metade das páginas, ‘kiss’, e, na outra metade, ‘tell’. No conjunto das páginas, é lamentável. E não é crítica literária que faço. É crónica de costumes.
Carolina Salgado dedica o livro aos seus pais, aos seus filhos e a alguns amigos. E a última dedicatória é assim: “E, por fim, a Jorge Nuno [Pinto a Costa], por tudo o que me ensinou. Sem ele este livro nunca teria sido possível.” Ficam prevenidos os pais, os filhos e os citados amigos ao serem colocados nesse rol. Já sabem que Carolina Salgado com uma mão dedica e com outra crava um punhal nas costas.
O livro faz rejubilar muita gente. Pinto da Costa é odiado (por vezes, por legítimas razões) por muitos e é costume que tudo de mau que aconteça aos nossos inimigos seja bom. Mesmo se uma pulhice os ataca, é bom. Eu, porém, não acho isso. Não embarco no “ele estava a pedi-las”. Não aplaudo o livro de Carolina Salgado contra o seu ex-marido. Desde logo, as acusações que ela lhe faz são de boca. E eu continuo a ser dos que não acham que, na Justiça, a palavra de um (que acusa) vale a palavra de outro (que nega). Quem acusa tem de provar – a sua palavra vale menos e só inverte essa relação quando se faz acompanhar de provas.
No livro, Carolina Salgado só diz coisas pela boca fora. Por mais que achemos que o que ela maldiz dele confirma aquilo que nós suspeitamos, isso não passa disso, de achismo. Os tribunais dirão o envolvimento de Pinto da Costa no caso Apito Dourado ou no caso da agressão ao vereador Ricardo Bexiga. Os tribunais, não Carolina Salgado.
Mas, como eu disse no princípio, isto é um caso de beijar e dizer’. Sobre o dizer, estamos falados. Sobre o beijar, prefiro a história contada pelo outro lado do casal. Ele, Pinto da Costa, encontrou a sua mulher numa casa de alterne.
Num entrevista recente, ele contou que o coração é para amar ou não é. Isso pode chocar pessoas mais conservadoras mas temos de reconhecer em Pinto da Costa a lhaneza na sua relação com Carolina Salgado. Não a escondeu nem a exibiu, fez dela sua mulher pela única das boas razões, porque a amava. Fê-la sua mulher e fê-lo saber, dos amigos ao Papa João Paulo II. Sobre esse amor, Pinto da Costa disse muito menos que Carolina (nunca nos mostrou os bilhetinhos que ilustram ‘Eu, Carolina’). Mas disse muito mais.” (realçados meus)
(confira aqui)
P.s – Eterno, li algures que parece que a Carolina, perdão, Sr.a D. Carolina, poderá não confirmar no DIAP a estória que confessa no livro relativamente ao Ricardo Bexiga (este sim, é inacreditável o que lhe fizeram, e quem o fez deve pagar bem caro !!!) !!?!?? Já não há duvidas, o boomerang está prestes a começar a viajem de regresso.....
5 comentários:
A sensatez deste benfiquista destoa completamente do que estamos habituados. Excelente texto de alguém que não se ilude com os palhaços do circo e que sabe que o pai-natal não existe.
Tens a certeza que é benfiquista? ;-)
Um abraço.
http://portistasdebancada.blogspot.com/
Inspirado pelo Zirtaev e utilizando uma frase com que, no início do Trio de Ataque, "brindavam" o Rui Moreira, eu diria que Ferreira Fernandes "até nem parece benfiquista"!
Bom mas é precisamente este tipo de comportamento que me faz ainda acreditar na humanidade, esta capacidade de se conseguir distanciar o suficiente da sua emoção e relatar apenas aquilo que deve ser tido como racional....A irracionalidade do futebol deve ser compensada com alguma distanciação e ironia, a suficiente para permitir a desdramatização de muitas situações perigosas ou caricatas...Como por exemplo vermos o "Barbas" ora a insultar a Carolina, ora a darlhe um beijinho, mais uma mão cheia de euros....Tudo dependendo da posição em que ela se coloca relativamente a um terceiro personagem...
Já agora façam as contas: 9.90 euros x 7 000 exemplares dá qualquer coisa como 69 300 euros, convertidos em moeda antiga 69 300 x 200.482 igual a 13 893 402 escudos e sessenta centavos, que é diga-se de passagem se calhar uma contribuição feita pelos benfiquistas superior à da Operação Coração do tempo do Manuel Damásio...Algo de extraordinário e complexo este fenómeno solidárioassociativo destes adeptos lisboetas....Dá-me um beijinho!....
Meireles,
Virou contista ?
Só me faltava essa.....:-)))))
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