sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

A impunidade continua...até quando ?


A propósito deste tema, ao qual já por várias vezes aqui me referi, alertaram-me para um artigo de opinião publicado ontem no jornal dos...vermelhos !!
Como me parece de interesse, apesar de não apreciar o seu autor, decidi publicá-lo.

"O que está a passar-se com Petit e as estranhíssimas protecções de que beneficia, quer dos árbitros quer da Comissão Disciplinar da Liga, começa a beirar o absurdo. E exige que se vitupere, de imediato, tanto a brutalidade do craque como os árbitros e doutores de leis que lhe dão cobertura. Já na semana passada me revoltara a fúria do médio-trinco no ataque ao tornozelo de Liedson. A meu ver, era para partir e foi uma sorte os pítons assassinos errarem o alvo por pouco. Se acertam, bem chorariam hoje os sportinguistas, pela longa ausência do seu ídolo, assim abatido à má fila. Seria isso que Petit pretendia? Não o juro mas acredito. E só não abordei o caso logo a seguir ao Benfica-Sporting para não me acusarem de bater no ceguinho. Mas Petit bem justificava ser já então severamente censurado. Digo-lhes mais: tão odioso como o assalto às pernas de um adversário, sem a expulsão mais que merecida e a suspensão por jogos vários, o que então me chocou foi o modo como Petit ainda foi pedir satisfações a Liedson. Ele até parecia ter ido confortá-lo, afagando-lhe a cabeça em gesto doces, para as câmaras, o público e o árbitro verem. Puro cinismo, porém, pois enquanto isso (lembram-se de idêntico gesto de Mourinho, há uns anos em Alvalade?) completava, com a cara munha, o mal imperdoável antes praticado. Ou seja, continuou a provocar verbalmente Liedson, a ver se ele reagia e era expulso. Que Petit seja useiro em atitudes destas toda a gente o sabe, excepto os doutos conselheiros e desembargadores da Liga. Natural, por isso, que eles nem tenham piado sobre o acontecido na Luz. O que já não é natural, e eu estava longe de admitir, foi a pressa de Petit em reincidir, logo uma semana depois em Leiria e, até, com requintes de sadismo. Na outra vez ainda se poderia pensar que só pretendeu afastar Liedson para tão longe quanto possível, mesmo que para o hospital, desde que ficasse a milhas da baliza do Benfica. Mas agora, em Leiria, pisou a mão de Felício deliberadamente, carregando mais no pedal (como se viu claramente visto na televisão), simplesmente para fazer doer. Sim, porque não era com a mão que o médio leiriense iria marcar mais um golo aos, ainda, campeões nacionais! Desconfio que Petit só faça isto por jogar no Benfica e nessa condição se convença de que é inimputável, ou está acima da lei e dos regulamentos. É-me indiferente, porém, que assim pense. O que já não me é indiferente é a questão de saber que mais terá ele de fazer para ser expulso, como qualquer outro, quando agride. E ainda me recuso a acreditar que isso só acontecerá (eventualmente…) quando matar alguém em campo ou agredir um árbitro. Fora isso, e tal como voltaram a sentenciar o desembargador António Gomes da Silva e seus pares na Comissão de Disciplina, Petit não justifica processo sumaríssimo, quanto mais punição alguma. Se ele tiver de falhar algum jogo, como falhou ontem, que seja por inocentes cartões amarelos (10 já esta época). Vermelhos, daqueles que doem como ele faz doer aos adversários? Esses nem vê-los"
(Texto do esverdeado Daniel Reis)

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